Brasil

Ministro garante modernização de aeroportos em dois anos

Wagner Bittencourt afirmou que todos os aeroportos do Brasil estarão no processo de modernização neste período

Wagner Bittencourt atribuiu o atraso ao fato de haver várias questões técnicas envolvidas na discussão, por se tratar de um planejamento de longo prazo, abrangendo não só a modernização da infraestrutura existente, mas também novos aeroportos em regiões onde é preciso ampliar os serviços (Divulgação/BNDES)

Wagner Bittencourt atribuiu o atraso ao fato de haver várias questões técnicas envolvidas na discussão, por se tratar de um planejamento de longo prazo, abrangendo não só a modernização da infraestrutura existente, mas também novos aeroportos em regiões onde é preciso ampliar os serviços (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 16h20.

São Paulo – O ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, reafirmou hoje (24) que, nos próximos dois anos, todos os aeroportos brasileiros estarão dentro do processo de modernização do setor. Segundo ele, incluídos no processo não só os terminais administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que já têm as licitações feitas, mas também as novas concessões, que deverão ser assumidas pelos consórcios vencedores no dia 25 de maio.

“Durante esse período vamos ver uma grande melhoria, não só de área, mas de qualidade de atendimento ao passageiro”, disse Bittencourt, logo após a abertura da Airport Infra Expo 2012, a Feira Internacional de Infraestrutura Aeroportuária, que começou hoje (24) e vai até quinta-feira (26), em São Paulo.

Quase quatro meses depois do leilão de concessão dos aeroportos, o ministro faz uma avaliação positiva do processo e acredita que os consórcios vencedores terão capacidade de atender adequadamente ao usuário. “São grupos fortes e experientes e estão se fortalecendo ainda mais. Acredito que teremos surpresas muito agradáveis nos investimentos que farão e na qualidade dos serviços prestados”, disse o ministro.

Ele informou que novos leilões ainda estão sendo discutidos no governo, mas ressaltou que não há prazos, nem conclusões.

Também não há previsão para a divulgação do plano de outorgas dos aeroportos, que antes estava prevista para o fim do primeiro trimestre deste ano. O plano estabelece os critérios para definir quais aeroportos serão controlados pela União, os que devem ser administrados pelos estados e municípios e aqueles que passarão para a iniciativa privada. “Assim que nós tivermos essa definição, ela será comunicada.”

Wagner Bittencourt atribuiu o atraso ao fato de haver várias questões técnicas envolvidas na discussão, por se tratar de um planejamento de longo prazo, abrangendo não só a modernização da infraestrutura existente, mas também novos aeroportos em regiões onde é preciso ampliar os serviços. “A partir daí, é necessário levar em consideração a participação, ou não, do setor privado. Isso tem que ser benfeito e planejado, e não é por causa de um ou dois meses que é atraso. São aperfeiçoamentos que o plano vai recebendo ao longo do tempo”, disse.

O ministro informou que, além dos 66 aeroportos que são administrados pela Infraero (dos quais três foram privatizados), existem 129 que recebem a aviação geral. Segundo ele, é preciso aumentar esse número de terminais para garantir maior cobertura e mais qualidade. “É isso que está sendo discutido. A ideia é estar, até o final de 2014, com uma política de investimentos sendo realizada e aeroportos atendendo a 94% da população.”

Para ele, o setor está preparado para a Copa do Mundo de 2014, embora haja necessidade de intervenções em todos os aeroportos, nas pistas, terminais e pátios, devido ao aumento do número de voos e de passageiros por causa desses eventos, e até no tamanho dos aviões.

“Se já estamos atendendo o dia a dia, que cresce na ordem de dois dígitos há três ou quatro anos, certamente atenderemos bem a Copa do Mundo, as Olimpíadas [em 2016] , a Rio+20 [Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho deste ano ]e outros eventos que vierem. Mas precisamos atender tanto as necessidades das companhias aéreas quanto as dos passageiros”, ressaltou.

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