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Ministro dos Transportes reclama de falta de recursos

Rodrigues destacou o impacto negativo do envolvimento de empreiteiras na Operação Lava Jato e do ajuste fiscal no setor


	Galvão Engenharia: O problema mais sério que o Ministério tem é o da 153 (Tocantins-Goiás), pois a concessionária está envolvida na Operação Lava Jato
 (Divulgação/ Galvão Engenharia)

Galvão Engenharia: O problema mais sério que o Ministério tem é o da 153 (Tocantins-Goiás), pois a concessionária está envolvida na Operação Lava Jato (Divulgação/ Galvão Engenharia)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 15h20.

Brasília - O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues admitiu nesta quarta-feira (29) que a pasta sofre com a falta de recursos e que por isso teve de interromper obras que ainda estão sem previsão de recomeçar.

Convidado a falar sobre os investimentos da pasta, na Comissão de Infraestrutura do Senado, o ministro disse que a grande preocupação hoje é ter recursos para manutenção de rodovias.

“O problema mais sério que eu tenho é a 153 (Tocantins-Goiás). O que aconteceu? A Galvão [Engenharia], a concessionária, já aportou R$ 200 milhões e aguarda um financiamento de R$ 400 milhões do BNDES, que estava programado. Não preciso dizer a todos aqui que ela está envolvida na Operação Lava Jato, tendo sido cortado o referido financiamento”, disse o ministro adiantando que amanhã (30) haverá uma reunião no BNDES para tratar do assunto.

Ao saber que haverá um jantar do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, hoje com parlamentares, Antônio Carlos Rodrigues pediu que o senador Blairo Maggi (PR-MT) , um dos que participará do encontro, “peça ao ministro socorro para os transportes”.

Rodrigues destacou o impacto negativo do envolvimento de empreiteiras na Operação Lava Jato e do ajuste fiscal no setor. “Não há cortina de fumaça. Eu não posso esconder o que está acontecendo no Ministério. Tudo que aconteceu e que está acontecendo no Brasil afetou muito o meu setor de transporte. Por quê? As grandes empresas estão na Lava Jato”.

Questionado por vários senadores sobre a paralisação de obras, o ministro disse que hoje não poderia fazer nenhuma previsão aos senadores. “As minhas respostas vão ser muito complicadas por eu não saber quanto eu vou ter. Eu nunca esperava chegar ao início de maio sem saber o que tenho de recursos”, reclamou.

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