Brasil

Ministro do Trabalho diz que PDT tem 'ficha limpa'

Manoel Dias defendeu seu partido e afirmou que irregularidades como as apontadas pela Polícia Federal existem "em qualquer lugar"

Manoel Dias, fala sobre a exoneração do secretário executivo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Esopo (Valter Campanato/ABr)

Manoel Dias, fala sobre a exoneração do secretário executivo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Esopo (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h49.

Brasília - O ministro do Trabalho, Manoel Dias, defendeu o seu partido, o PDT, e afirmou que irregularidades como as apontadas pela Polícia Federal existem "em qualquer lugar".

Ele negou proximidade com o assessor Anderson Brito, que se entregou nesta terça-feira, 10, à PF, e afirmou que não demitiu de imediato o secretário-executivo da pasta, Paulo Pinto, porque precisava "amadurecer" o caso. Pinto pediu demissão nesta terça. Manoel Dias pediu ainda que Estados e municípios suspendam os repasses de convênios com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC) com recursos da pasta.

"Em qualquer lugar tem irregularidades, não só no Ministério do Trabalho", disse Manoel Dias em entrevista coletiva. "Nós somos um partido ficha limpa", concluiu, afirmando que não há comprovação de atos indecorosos ou de corrupção de seu partido na pasta.

O PDT começou a comandar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com Carlos Lupi, presidente da legenda. Ele acabou demitido no processo de faxina no início do governo Dilma Rousseff após diversas denúncias. Brizola Neto, suplente de deputado pelo partido, assumiu a pasta, mas como não tinha trânsito com a cúpula acabou trocado por Manoel Dias numa tentativa da presidente de contar com o apoio da legenda. O ministro afirma que a prisão de um assessor e a condução de seu braço direito para prestar depoimento não fragilizam o PDT e o trabalho realizado na pasta.

O ministro pediu informações à Polícia Federal sobre as investigações realizadas. Disse que solicitou a Estados e municípios que tem convênios com o IMDC para suspender o repasse de recursos. Segundo a pasta, os Estados do Espírito Santo e Ceará e o município de Serra (ES) têm convênios em montante de R$ 36,2 milhões para o treinamento de 19,5 mil trabalhadores com recursos do ministério. Não há em vigor nenhum convênio direto da Pasta com o instituto. O ministério informou que em 2010 e 2011 foi repassado R$ 3,1 milhões ao instituto em convênios diretos, mas já encerrados. Há ainda outros contratos mais antigos, mas a Pasta não soube informar a quantidade e os valores envolvidos.

Manoel Dias afirmou que Nilton Fraiberg Machado, até então subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração, ocupará em caráter interino a secretaria-executiva da pasta. Disse que vai buscar um nome técnico para a sucessão definitiva de Paulo Pinto.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesMinistério do TrabalhoPartidos políticosPDTPolítica

Mais de Brasil

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF