Brasil

Ministro do STF manda lacrar documentos de CPI

Ordem atende a um pedido da PGR decorrente do inquérito para investigar a atuação de Aécio Neves durante a comissão para tentar maquiar dados do Banco Rural


	Acesso restrito: ordem atende a um pedido da PGR para investigar a atuação de Aécio Neves em comissão para tentar maquiar dados do Banco Rural
 (Adriano Machado/Reuters)

Acesso restrito: ordem atende a um pedido da PGR para investigar a atuação de Aécio Neves em comissão para tentar maquiar dados do Banco Rural (Adriano Machado/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2016 às 08h33.

São Paulo - Com o objetivo de impedir a manipulação do arquivo por terceiros, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os documentos da CPI dos Correios de 2005 sejam lacrados.

A ordem atende a um requerimento da Procuradoria-Geral da República decorrente do inquérito aberto para investigar a atuação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) durante a comissão para tentar maquiar dados do Banco Rural.

Logo que se tornou público o pedido de abertura de inquérito, Aécio pediu para que fosse feita uma pesquisa nos documentos, segundo ele, para recolher elementos para a sua defesa.

Em nota, o Senado afirmou que, em razão do ofício enviado pelo senador tucano no dia 3 de maio, foi feito o transporte de 46 caixas da CPI da Coordenação de Comissões Especiais para a Coordenação de Arquivo.

O texto informa que somente funcionários do setor tiveram acesso aos documentos e que em nenhum momento "pessoas estranhas" puderam manusear o arquivo. As informações foram prestadas após o jornal O Globo publicar uma foto da movimentação da caixa.

O pedido de abertura de inquérito contra Aécio tem como base a delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), que foi presidente da CPI dos Correios.

Em seu depoimento, o ex-senador acusou Aécio de tentar maquiar informações do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro durante a CPI dos Correios.

Em nota, a assessoria de imprensa de Aécio disse que o senador "considera a decisão do ministro Gilmar Mendes adequada". O texto também defende que o pedido de Aécio para ter acesso aos documentos da CPI segue "estritamente a legislação vigente".

Sobre o pedido de abertura de inquérito, Aécio afirma que as informações da delação de Delcídio em relação a sua atuação na CPI são "caluniosas".

O senador tucano aponta incongruências nos depoimentos de Delcídio, como a data em os dois tiveram uma reunião para falar sobre a CPI dos Correios.

Aécio também nega que tenha apresentado requerimento para aumentar o prazo para apresentação de informações pelo Banco Rural. 

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)aecio-neves

Mais de Brasil

Câmara aprova projeto que cria novos cargos comissionados no STJ

Câmara aprova urgência da proposta que amplia punições para quem obstruir trabalhos na Casa

Lula altera texto das big techs, prevê remoção de ofensas com ordem judicial e recua sobre fake news

Pazolini lidera cenários para governo do Espírito Santo em 2026, diz Paraná Pesquisas