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Ministro diz que intenção é duplicar ferrovia até Santa Fé

Conforme explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, a intenção é que novas obras ocorram paulatinamente


	Ferrovia: projeto seria desenvolvido em 5 a 6 anos, disse diretor de Relações Institucionais da ALL
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ferrovia: projeto seria desenvolvido em 5 a 6 anos, disse diretor de Relações Institucionais da ALL (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 15h30.

Campinas - Perto de concluir a duplicação do trecho de 260 quilômetros de ferrovia da malha paulista, entre Boa Vista e Santos, a ALL já planeja novas duplicações da malha paulista.

Conforme explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, a intenção é que novas obras ocorram paulatinamente, primeiro realizando a duplicação até Itirapina, depois até Araraquara e posteriormente até Santa Fé.

"Temos grande fluxos que vêm e são captados desde Mato Grosso, e teremos, já no curto prazo, com a chegada da ferrovia norte Sul até Santa Fé/Estrela d'Oeste, mais um grande vetor que influenciará na ampliação do volume de cargas que precisam ser transportadas por ferrovias", justificou o ministro.

O diretor de Relações Institucionais da ALL, Pedro Roberto Almeida, confirmou que os estudos de engenharia já estão sendo feitos e a ideia é solicitar os licenciamentos a partir de janeiro ou fevereiro de 2015.

De acordo com ele, o projeto, que ainda deve ser discutido mais detalhadamente com o governo, seria desenvolvido em 5 a 6 anos.

O ministro acrescentou que os novos investimentos, que não estão previstos no contrato de concessão, não deverão gerar reequilíbrio econômico financeiro, mas devem contar com suporte do governo, do ponto de vista financeiro, especialmente criando condições de financiamento a longo prazo e taxas atrativas.

A obra hoje em andamento pela ALL, que está atualmente orçada em aproximadamente R$ 700 milhões em vias permanentes, também foi realizada sem previsão em contrato.

Foi definida em parceria com a Rumo Logística, e atrasos da realização do trecho hoje em andamento estiveram no centro das discordâncias entre as duas empresas, que agora aguardam a aprovação das autoridades para concluir a fusão.

A ALL só pôde iniciar a duplicação de 40 quilômetros - de Embu-Guaçu até Evangelista de Souza (26 km) e de Paratinga até Perequê (18km), na Baixada Santista - após a obtenção do licenciamento ambiental, o que ocorreu em fevereiro passado.

A previsão da empresa é concluir as obras até março de 2015.

Após visita ao trecho de planalto das obras, Passos disse que entre 80% e 90% das obras já foram executadas.

"Até abril do próximo ano teremos a via toda duplicada, faltando um trecho da Baixada, na região do Perequê, de 2 quilômetros, que é mais complicado, mas que não significará nenhum gargalo", disse.

De acordo com ele, a conclusão da duplicação nos trechos em andamento "sem dúvida" reduzirá as dificuldades no escoamento da safra a partir do próximo ano.

Ele estimou que a duplicação concluída no trecho abre capacidade de transporte de mais de 50 milhões de toneladas e propiciará redução de 1,5 milhão de viagens de caminhão.

Passos lembrou que neste ano o Ministério dos Transportes, juntamente com a Secretaria de Portos, o Porto de Santos, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério da Agricultura, trabalhou cooperativamente na busca de soluções para reduzir os engarrafamentos das rodovias que ligam ao Porto de Santos durante a safra.

"Isso produziu um efeito positivo substancial e no que diz respeito às ferrovias nós já estamos trabalhando", comentou.

Segundo ele, o ministério busca a cooperação de todas as concessionárias - além de ALL, citou MRS, FCA e Portofer - para ações que propiciem maior eficiência das ferrovias no curto prazo.

"Já para a próxima safra vamos trabalhar nisso", disse.

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