Brasil

Ministro diz que está sendo criticado por ter cumprido a lei

José Eduardo Cardozo disse que está sendo criticado por ter cumprido a lei ao entregar à PF documentos que acusam políticos de participação em cartel do metro


	José Eduardo Cardozo: PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética Pública
 (Valter Campanato/ABr)

José Eduardo Cardozo: PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética Pública (Valter Campanato/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 15h06.

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (28) que está sendo criticado por ter cumprido a lei ao entregar à Polícia Federal (PF) documentos que acusam políticos paulistas de participação em cartel formado para fraudar licitações no metrô e trens de São Paulo.

Ontem (27), o PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética Pública.

O partido acusa Cardozo de ter usado informações falsas para incriminar adversários do governo e do PT.

“Estou sendo acusado de cumprir a lei”, declarou o ministro, no encerramento da cerimônia de entrega do Prêmio Innovare, que prestigia as iniciativas de tribunais, juízes, advogados, defensores públicos e promotores que contribuem para o aperfeiçoamento do sistema judiciário.

Para Cardozo, a entrega dos documentos à PF era um “dever legal” que ele não poderia deixar de cumprir, após ter recebido as denúncias. “A PF é subordinada ao ministério e, evidentemente, eu devo cumprir a lei, que diz que as denúncias que o ministro recebe devem ser mandadas para a Polícia Federal”.

Cardozo disse que a polêmica desvia o foco do assunto principal. “Acho que há uma tentativa muito clara de evitar uma apuração imparcial e séria [das denúncias]. Há pessoas que, por alguma razão que desconheço, estão tentando criar um tumulto, uma situação na qual quem cumpre a lei é acusado. [Isso serve] para tirar o foco de uma investigação correta. Se alguém pensa que vai intimidar o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Cade, está enganado”, argumentou.

O ministro ainda disse ter pedido "uma investigação sobre fatos que já são investigados desde 2008" e pelos quais pessoas envolvidas já foram punidas em outros países. "

O Brasil ainda caminha lentamente nessa investigação", explicou. Ele também rebateu as críticas de que demorou a confirmar ter encaminhado à PF os documentos que lhe foram entregues pelo deputado federal licenciado Simão Pedro (PT).

“Não houve demora. Foi apenas um dia. A matéria de O Estado de S.Paulo saiu na quinta-feira (21), dizendo que o Cade havia encaminhado o material. Achei isso estranho, já que eu tinha entregue o material, mas era possível que o Cade também tivesse recebido [cópia] e a encaminhado. Na quinta-feira à tarde, o superintendente do Cade, Vinicius, [o presidente do Cade, Vinicius Carvalho] me procurou e disse que não sabia do que se tratava. Liguei para o diretor-geral da PF e na sexta-feira eu fui informado de que o inquérito estava [tramitando] em São Paulo. No mesmo dia soltei a nota”, relatou.

Acompanhe tudo sobre:CartelEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasMetrô de São PauloMinistério da Justiça e Segurança Públicamobilidade-urbanaTransporte públicotransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas