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Ministro diz que Dilma passou “cheque sem fundos” no MCMV

Segundo estimativa da equipe do ministério, não há orçamento suficiente para fazer as contratações prometidas na Faixa 1 do programa


	Bruno Araújo: “A tranquilidade que a população deve ter é que o programa segue firme. Este ano, já são mais de 200 mil contratações na Faixa 2"
 (Domingos Tadeu/Agência Brasil/Agência Brasil)

Bruno Araújo: “A tranquilidade que a população deve ter é que o programa segue firme. Este ano, já são mais de 200 mil contratações na Faixa 2" (Domingos Tadeu/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 20h08.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, criticou a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff no programa Minha Casa Minha Vida. Para ele, o governo " apresentou um cheque sem fundo

“O governo afastado passou os maiores valores nominais de cheques sem fundo de que se tem conhecimento. Na Faixa 1, o governo afastado retirou uma soma muito consistente do programa e vamos em um esforço coletivo buscar e trabalhar pelo seu andamento, pela sua concretização”, disse Araújo, em entrevista coletiva realizada hoje (2), em Brasília.

Segundo estimativa da equipe do ministério, não há orçamento suficiente para fazer as contratações prometidas na Faixa 1 do programa. As obras das faixas 2 e 3, segundo o ministro, estão garantidas.

“A tranquilidade que a população deve ter é que o programa segue firme. Este ano, já são mais de 200 mil contratações na Faixa 2 e na Faixa 3 e seguem num propósito firme de contratação com os recursos assegurados”, disse o ministro.

Ele disse ainda que encaminhou ao ministério da Fazenda o pedido para manter os recursos destinados ao programa ao longo de 2016 e “fazer um esforço de reduzir o dano que o governo anterior causou” em relação aos recursos da Faixa 1.

Ele enfatizou, contudo, que o programa não está ameaçado: “O Minha Casa Minha Vida segue firme, forte e é prioridade do governo avançar com ele de forma muito consistente”.

Araújo também afirmou que a portaria revogada (http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-05/ministerio-das-...) em 17 de maio, que ampliava o programa, será relançada até o final da próxima semana. Segundo ele, foram necessários ajustes para “aprimorar” o programa.

Entre os ajustes, segundo o ministro, estão a criação de uma cláusula segundo a qual só serão contratadas empresas que não tiverem pendências com outros contratos em andamento; e a retirada de pontuações que privilegiavam entidades específicas:

“São aprimoramentos que resguardam o dinheiro do contribuinte e garantem a entrega das unidades. Acho que até o final da próxima semana as duas estarão publicadas no Diário Oficial”.

Kassab

Último ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff, Gilberto Kassab divulgou nota na qual defende sua gestão à frente da pasta.

“A gestão do ex-ministro Gilberto Kassab no Ministério das Cidades viabilizou o lançamento e as primeiras contratações da fase 3 do programa Minha Casa, Minha Vida em total sintonia com os limites orçamentários e financeiros vigentes fixados pelo Ministério do Planejamento e do FGTS. Foram 52.633 unidades entregues em eventos dos quais participou”.

Kassab, atualmente, é ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Temer.

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