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Ministro defende posição do Mercosul sobre espionagem

Segundo Gilberto Carvalho, reunião do bloco será uma "boa ocasião" para países discutirem uma posição sobre a espionagem que teria sido feita pelos EUA


	Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "consideramos gravíssimo, da mesma forma como foi grave o evento com o presidente (da Bolívia) Evo Morales", disse
 (Elza Fiuza/ABr)

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho: "consideramos gravíssimo, da mesma forma como foi grave o evento com o presidente (da Bolívia) Evo Morales", disse (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 19h24.

Brasília - A reunião do Conselho do Mercado Comum e Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do Mercosul, que será realizada na quinta, 11, e sexta-feira, 12, será uma "boa ocasião" para os países da América do Sul discutirem uma posição sobre a espionagem que teria sido feita pelo governo dos Estados Unidos, disse nesta terça-feira o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Nesta segunda-feira, 8, a presidente Dilma Rousseff afirmou que pediu providências à Polícia Federal (PF) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para investigar o caso. O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira que pedirá explicações formais aos EUA sobre as suspeitas de que o país também teria sido alvo de espionagem por parte da Agência Central de Inteligência (CIA-Central Intelligence Agency).

"Estamos ainda num processo de discussão com outros países, vai haver uma reunião do Mercosul, será uma boa ocasião para se tomar uma posição em conjunto. Consideramos gravíssimo, da mesma forma como foi grave o evento com o presidente (da Bolívia) Evo Morales (cujo avião presidencial foi impedido de entrar no espaço aéreo de alguns países europeus), qualquer ferimento, qualquer ataque à soberania de um país tem de ser respondido com muita dureza", disse, antes de participar de um seminário no Palácio do Planalto.

De acordo com Carvalho, a resposta do episódio de espionagem é uma questão de defesa da "soberania nacional" e "do nosso povo". "Se a gente abaixar a cabeça, amanhã eles passam por cima da gente total. Foi uma reação altiva, que nós tomamos e agora vamos, claro, temos de analisar com calma, ver a dimensão, ver exatamente quais são os fatos, pra não fazer uma reação em cima apenas de primeiras informações", afirmou.

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