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Ministro de Lula, Padilha comemora prisão de Braga Netto: 'Grande Dia'

Titular das Relações Institucionais elogiou operação da Polícia Federal que deteve o general do Exército que concorreu como vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022; outros governistas seguem comportamento

Agência o Globo
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Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 13h59.

Última atualização em 14 de dezembro de 2024 às 14h01.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, elogiou na manhã deste sábado, 14, a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu o general do Exército e candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Walter Braga Netto. Ele foi preso após ter sido indiciado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as últimas eleições presidenciais. O principal argumento da prisão cautelar é evitar prejuízos às investigações.

Neste contexto, Padilha afirmou que crimes contra o Estado Democrático de Direito não vão ser tolerados.

"Mais um passo foi dado pela Justiça brasileira e pela Polícia Federal para mostrar que seremos firmes contra aqueles que organização a tentativa de golpe no país que assassinaria o presidente eleito, o vice-presidente eleito. Em defesa da democracia, sem anistia", disse Padilha.

O ministro afirmou ainda que este sábado seria um "grande dia". A expressão faz referência a uma fala do próprio Bolsonaro, ainda em 2019.

Em janeiro daquele ano, o ex-presidente tuitou a frase logo após o ex-deputado Jean Wyllys ter anunciado que deixaria o país por ameaças que vinha recebendo. Três anos antes, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o deputado cuspiu em Bolsonaro, logo após ele ter dedicado seu voto favorável ao torturador Coronel Brilhante Ustra.

Repercussão governista

Outros integrantes do governo federal seguem o comportamento do ministro. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, fez votos a favor da investigação que levou Braga Netto à cadeia. "Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados", escreveu.

Anielle Franco, titular da Igualdade Racial, relembrou a atuação de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, que foi assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018. "Em 2018, Marielle se levantava contra a intervenção no Rio e seu interventor General Braga Netto. Buscando a defesa da vida e proteção da democracia (...) Que nos posicionemos sempre do lado certo da história", disse.

Fora da Esplanada, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, associou a prisão do general à condenação do ex-deputado Roberto Jefferson, que jogou granadas em agentes policiais em 2022, e à formação de maioria por parte do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo para cassar Carla Zambelli (PL-SP), que perseguiu um homem com uma pistola na véspera do pleito.

"São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores de ódio e da violência política. Com essa gente não pode haver impunidade", afirmou.

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