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Ministro da Saúde discute compra de remédios para aids

Lotes do remédio foram embarcados somente anteontem. A expectativa é de que na próxima semana o produto chegue aos serviços de saúde

Ministro afirmou houve atraso no reabastecimento dos estoques (Antônio Cruz/ ABr)

Ministro afirmou houve atraso no reabastecimento dos estoques (Antônio Cruz/ ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 19h13.

São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, convocou ontem uma reunião com sua equipe para discutir falhas no sistema de aquisição de remédios de aids. Na edição de ontem, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou haver problemas no abastecimento de três medicamentos indicados para pacientes com HIV: atazanavir, uma das apresentações de didadosina e saquinavir. "Não podemos deixar que pacientes sejam submetidos a um ambiente de insegurança", disse Padilha.

O ministro afirmou que não houve falta de remédios, mas atraso no reabastecimento dos estoques. No entanto, em pontos do País, como a região de São José do Rio Preto (SP) e cidades do Rio Grande do Sul, pacientes relataram a falta do atazanavir.

Nesta semana, nota técnica divulgada pelo Departamento Nacional de DST-Aids e Hepatites Virais recomendava a substituição do atazanavir por outras drogas em regiões com desabastecimento. No início do mês, diante dos estoques em baixa, um comunicado encaminhado às autoridades estaduais recomendava o remanejamento entre serviços e, se necessário, a redução da quantidade de remédios entregue para pacientes, o fracionamento. A nota sugeria a entrega do suficiente para apenas 15 dias.

Ontem, o ministro afirmou que a compra havia sido feita pela gestão anterior da pasta. De acordo com integrantes do ministério, a expectativa inicial era de que o atazanavir fosse entregue no País no fim de janeiro. Lotes do remédio, no entanto, foram embarcados somente anteontem. A expectativa é de que na próxima semana o produto chegue aos serviços.

No caso do didadosina e do saquinavir, os problemas já foram resolvidos, afirmou o ministro. "Vamos, nessa reunião, tentar fazer com que a lógica não seja mais de troca de bastão, de uma fase para outra. É preciso que todas as áreas acompanhem, façam o monitoramento", disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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