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Ministro da Justiça cancela viagem para Roraima

Moraes negou que o cancelamento tenha alguma relação com o pedido negado de Roraima para reforçar a segurança no estado

Alexandre de Moraes: ministro da Justiça foi questionado sobre o impasse  (Reuters)

Alexandre de Moraes: ministro da Justiça foi questionado sobre o impasse (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 16h28.

Última atualização em 6 de janeiro de 2017 às 16h28.

Brasília - A ida do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, à Boa Vista (RR) foi cancelada após o presidente Michel Temer conversar no início da tarde desta sexta-feira, 6, por telefone, com a governadora do Estado, Suely Campos.

O desembarque do ministro na capital de Roraima foi comunicado aos jornalistas durante a coletiva de imprensa, realizada no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira, em que Moraes detalhou os principais pontos do Plano Nacional de Segurança Pública.

De acordo com a assessoria do ministro, logo após a entrevista, Moraes se reuniu com Temer, no gabinete do presidente.

Na ocasião, Temer entrou em contato por telefone com a governadora, que na conversa teria dito que "tudo estava sob controle" e que não havia necessidade da ida do ministro ao Estado.

Por meio da assessoria, Alexandre de Moraes negou que o cancelamento da viagem tenha alguma relação com o fato de o ministério ter negado um pedido do governo de Roraima, feito em novembro do ano passado, para que o governo federal enviasse a Força Nacional para reforçar a segurança no sistema prisional do Estado.

Em ofício enviado no dia 21 de novembro, o governo de Roraima solicitou ajuda "em caráter de urgência".

Matança

Cinco dias após o massacre de 60 presos em prisões do Amazonas - a maior parte ligada à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) -, outra matança dentro de penitenciária foi registrada nesta sexta-feira, 6, desta vez em Boa Vista, capital de Roraima.

Segundo o governo do Estado, 33 detentos foram assassinados nesta madrugada, na Penitenciária Agrícola de Boa Vista (PAMC).

A maioria das vítimas foi decapitada, teve o coração arrancado ou foi desmembrada. Os corpos foram jogados em um corredor que dá acesso às alas.

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