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Ministro da Educação diz que governo assinará compromisso em reduzir 'distorções de aprendizado'

Segundo o Censo Escolar, menos da metade das crianças brasileiras aprende a ler e escrever com um bom desempenho

Santana: á distorções enormes, tanto entre estados como municípios. Teremos uma grande política nacional onde os 27 governadores possam assinar um pacto para garantir a redução da distorção do aprendizado das nossas crianças (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Santana: á distorções enormes, tanto entre estados como municípios. Teremos uma grande política nacional onde os 27 governadores possam assinar um pacto para garantir a redução da distorção do aprendizado das nossas crianças (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 2 de maio de 2023 às 12h33.

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirma que trabalha, com secretários estaduais, para reduzir o atraso na educação infantil em todo o país. Santana participa de audiência no Senado Federal nesta terça-feira para falar sobre o Novo Ensino Médio.

A previsão é que a política seja assinada em maio pelos governadores e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o ministro, a medida deve corrigir as distorções no aprendizado das crianças no ensino infantil.

O que disse Camilo Santana?

— Há distorções enormes, tanto entre estados como municípios. Teremos uma grande política nacional onde os 27 governadores possam assinar um pacto para garantir a redução da distorção do aprendizado das nossas crianças. Essa é uma das mais importantes políticas do nosso governo — disse.

Conforme o Censo Escolar, 2,8 milhões de crianças concluíram o ensino fundamental em 2021. Do total dos matriculados, apenas um terço aprendeu a ler e a escrever com um bom desempenho.

Em simultâneo, o ministro diz tratar como prioridade as mudanças no Novo Ensino Médio, que teve cronograma de implementação suspenso no início de abril. As pressões de especialistas e entidades de educação com relação ao novo modelo vão desde a falta de estrutura das escolas da rede pública à desigualdade que seria acentuada entre estados e municípios.

A suspensão assinada por Camilo Santana impede a implementação no primeiro e segundo ano da etapa ainda em 2023, além de sustar a necessidade de adaptação do Enem ao novo modelo até 2024. O MEC também abriu uma consulta pública para sugestões, que será encerrada em junho.

— Esperamos que até junho possamos tomar uma decisão sobre o Novo Ensino Médio. Ninguém quer retrocesso. Estamos estudando estímulos para manter jovens dentro das escolas, como Alagoas, que criou uma bolsa poupança ao estudante, que recebe o valor no final do terceiro ano — citou.

A reforma, que muda uma norma publicada em 2021, também suspende a necessidade de confecção de itens e a construção de um novo modelo para o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2024.

A reforma foi aprovada durante o governo Michel Temer, em 2017. O modelo prevê aumento gradual no número de horas cursadas no ensino médio, além de reorganizar o currículo. A portaria estabelece que os estudantes façam uma formação básica geral e depois optem por um itinerário formativo, para aprofundar conteúdos.

Os itinerários devem ser relacionados a uma de cinco áreas: Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e formação profissional. No entanto, como mostrou O GLOBO, alunos, pais e professores reclamam que disciplinas como História ou Sociologia perderam espaço

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