Brasil

Ministro alfineta Marina e Campos em evento no Planalto

Agnaldo Ribeiro disse que as ações de Dilma apresentam "um novo Brasil", que ao contrário de governos anteriores, preferiam deixar "obras faraônicas"


	Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro: "saneamento é obra escondida. Depois que você faz, ela desaparece, mas ela aparece nos dados de saúde pública", disse
 (Elza Fiúza/ABr)

Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro: "saneamento é obra escondida. Depois que você faz, ela desaparece, mas ela aparece nos dados de saúde pública", disse (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 20h59.

Brasília - Em mais uma contraofensiva para responder à aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos, a presidente Dilma Rousseff fez cerimônia em clima de campanha no Palácio do Planalto para demonstrar que a administração petista é que representa "o novo" na política. Marina e Campos têm reiterado que eles representam o novo, que precisam se contrapor ao velho, referindo-se ao governo petista, e salientado que é preciso acabar com a polarização entre PT e PSDB, inaugurando novas práticas na política.

Coube ao ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, em seu discurso, dar o tom da disputa, acentuando que as ações da presidente Dilma apresentam "um novo Brasil", que ao contrário de governos anteriores, preferiam deixar "obras faraônicas" ou "pirâmides", que eram feitas sem considerar a necessidade ou o tamanho dos gastos.

"Saneamento é obra escondida. Depois que você faz, ela desaparece, mas ela aparece nos dados de saúde pública", disse a presidente mais cedo, em seu Twitter, reagindo indiretamente às acusações de que nos últimos dias está se dedicando a eventos com objetivos eleitorais. "Colocar tanto dinheiro em saneamento e pavimentação seria impensável uma década atrás", prosseguiu a presidente em seu microblog, alfinetando o governo tucano.

Na cerimônia do Planalto, depois de ouvir e ajudar os prefeitos que lotavam o salão nobre a aplaudir as estocadas do ministro Agnaldo Ribeiro à neo-aliança de Marina e Campos, a presidente Dilma endossou a disputa entre o novo e o velho dizendo que seu governo representa "o novo", porque "tem foco". Dilma anunciou R$ 13,5 bilhões para obras de saneamento e pavimentação para 1.198 municípios por todo o Brasil, e listou as distintas áreas de atuação de seu governo. "São várias áreas, vai de saneamento até petróleo, vai de médico até pavimento, pavimentação. Mas tem um foco e o foco é que nós temos de garantir qualidade de vida, e isso significa serviços públicos, infraestrutura para nossa população", declarou a presidente, avisando que não está fazendo isso, olhando a quantidade de obras, "que é imensa". "Nós temos de fazer isso olhando um indicador: a melhoria de vida da população brasileira", completou.

O tom contundente de Agnaldo Ribeiro e as respostas pontuais a cada uma das alfinetada dos adversários foi uma "grata surpresa" para auxiliares da presidente. Agnaldo Ribeiro comanda a pasta que centraliza os principais investimentos pleiteados pelos prefeitos. Após salientar que a presidente Dilma representa "o novo" na política, o ministro das Cidades afirmou: "este é o novo Brasil, que nesta semana demonstrou os seus novos traços, além da retórica e do discurso político". Para ele, "a cerimônia de hoje é mais um passo na direção do novo, que muitos procuram vender e encarnar, mas que de fato este governo tem conseguido transformar em realidade". O ministro reconheceu que "nos próximos meses vamos assistir a um dos mais velhos, antigos e bolorentos debates neste País. O debate sobre o que é novo e o que é velho na vida pública brasileira".

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEduardo CamposGovernadoresGoverno DilmaMarina SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista Brasileiro

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua