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Ministra Rosa Weber inicia leitura de voto do mensalão

Leitura da ministra contraria a previsão de que relator e revisor usariam o início da sessão

A ministra Rosa Maria Weber no STF, durante julgamento do mensalão (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A ministra Rosa Maria Weber no STF, durante julgamento do mensalão (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 15h17.

Brasília - A ministra Rosa Weber iniciou nesta segunda-feira a leitura de seu voto na ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando previsão de que relator e revisor usariam o início da sessão para comentários sobre os votos.

O ministro relator, Joaquim Barbosa, havia anunciado na sessão de quinta-feira que faria observações ao voto do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre os supostos desvios de recursos em contratos entre a Câmara dos Deputados e Banco do Brasil e as agências de publicidade de Marcos Valério.

O publicitário é apontado na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) como principal operador do suposto esquema.

Lewandowski votou pela condenação de Valério e dois ex-sócios e do ex-diretor de Marketing do BB Henrique Pizzolato por irregularidades em contratos com o banco, mas votou pela absolvição do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por supostos desvios em contratos de publicidade na Câmara quando o petista presidia a Casa, indo em direção oposta ao voto de Barbosa, que se manifestou pela condenação de todos.

Rosa Weber é a primeira dos nove ministros que ainda vão votar. A votação seguirá por ordem inversa de antiguidade. O presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, é o último.

O julgamento segue no STF sem uma definição da participação do ministro Cezar Peluso, que se aposentará compulsoriamente no dia 3 de setembro, ao completar 70 anos. A sessão de quinta-feira será a última do ministro, e a leitura do voto referente à primeira questão dependerá do tempo que os demais ministros levarão na leitura de seus votos.

O chamado mensalão foi um suposto esquema de desvio de recursos e compra de apoio parlamentar ao governo e veio à tona em 2005, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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