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Ministra cobra punição para acusados de matar extrativistas

O casal foi morto a tiros em maio de 2011 em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 14h41.

Brasília – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (4) que espera “punição firme e efetiva” para os três acusados de assassinar o casal de trabalhadores rurais José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, caso a culpa seja comprovada no julgamento iniciado no último dia 3.

O casal foi morto a tiros em maio de 2011 em um assentamento em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. Os dois denunciavam a extração ilegal de madeira na região em que viviam e vinham recebendo ameaças de morte constantes.

“Minha expectativa é uma responsabilização firme, efetiva do envolvidos, mas que não pare por aí, porque talvez outros envolvidos não tenham sido identificados ainda, na cadeia de comando da morte de José Cláudio e Maria. Trata-se de um crime com agravantes os mais variados. Acreditamos que o crime de extermínio deve receber uma penalidade grave e muito firme”, disse.

A ministra ressaltou que é importante evitar a impunidade de mandantes de crime no campo como esse. “O Brasil precisa é que não exista a impunidade de ninguém nessas cadeias de comando”.

O julgamento do crime começou ontem (3) no Fórum de Marabá (PA), a cerca de 600 quilômetros da capital paraense, Belém. No total, 27 testemunhas prestarão depoimento no Tribunal do Júri. Parentes do casal já foram ouvidos no julgamento e reafirmaram que os dois recebiam ameaças constantes de morte por denunciar a extração ilegal de madeira na região.

Apontado como mandante do crime, José Rodrigues Moreira está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado. Ele diz ser o dono das terras onde o assentamento Ipixuna foi montado. O irmão de Moreira, Lindonjonson Silva Rocha, e Alberto Lopes do Nascimento, respondem como executores. Segundo o Ministério Público estadual, o objetivo era retirar os assentados da terra comprada por José Rodrigues.

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