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Ministério tenta acelerar entrega de vacinas contra covid-19, diz Queiroga

Segundo o ministro, a meta de vacinar 1 milhão de brasileiros por dia, anunciada na semana passada, será alcançada já em abril

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 31 de março de 2021 às 16h41.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 31, que o objetivo de vacinar 1 milhão de brasileiros por dia, anunciado na semana passada, será alcançado já em abril. A pasta, segundo ele, trabalha de forma intensiva para acelerar a imunização e tem feito tratativas para antecipar a importação de vacinas já reservadas.

O Ministério da Saúde já contratou 130 milhões de doses da vacina da Pfizer, lembrou Queiroga, mas nenhuma foi distribuída até agora. A previsão é de que elas cheguem ao país apenas no segundo semestre. “Estamos buscando formas de antecipar as doses da Pfizer, para já neste primeiro momento ampliar a velocidade de vacinação”, afirmou. 

Buscamos também insumos para que nosso parque industrial seja abastecido e tenha maior regularidade em relação às doses. Aumentar a capacidade de vacinação dos brasileiros é um compromisso do Ministério da Saúde”, continuou o ministro, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Queiroga afirmou que será possível vacinar 1 milhão de pessoas por dia a partir de abril. “Seria o objetivo imediato e vamos conseguir cumprir essa meta”, assegurou. O ministério resolveu criar uma secretaria extraordinária de enfrentamento à pandemia, que terá entre as atribuições a de garantir mais agilidade nas medidas anunciadas.

"As vacinas são o passaporte para o fim da pandemia. Nós temos vacinas disponíveis, temos vacinas já produzidas no Brasil. O Ministério da Saúde já contratou 562 milhões de doses", apontou Queiroga, lembrando que essas doses não estão à disposição, são entregues ao longo do tempo e de acordo com o cronograma de vacinação. "A escassez de vacina não é só no Brasil, isso acontece no mundo todo", disse.

Outro problema, segundo o ministro, é a subnotificação da aplicação das doses. "Essa distribuição é feita logo que essas doses de vacina chegam ao país. Já distribuímos quase 35 milhões de doses, mas, delas, apenas 13 milhões temos notificação de que foram aplicadas", disse. "Não quer dizer que não foram aplicadas, às vezes há subnotificação, há problemas de informação de dados das secretarias", afirmou.

Comunicação

Há oito dias à frente do Ministério da Saúde, Queiroga também defendeu a união entre os poderes para enfrentar a pandemia. “Não tenho uma vara de condão para resolver esse problema. Não sou aquele que vou trazer a solução, só posso trazer um elemento associado a todos os senhores do Congresso Nacional, que têm provido legislações, seja com liberação de determinadas medidas que eram vedadas pela legislação, seja com recursos”, disse.

Para enfrentar a pandemia, segundo Queiroga, "a melhor ferramenta é o Sistema Único de Saúde (SUS)", devidamente articulado com os secretários estaduais de saúde, os secretários municipais, através de seus órgãos representativos, "para que todos possamos falar a mesma língua e levar uma mensagem uniforme para a sociedade brasileira".

 

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