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Ministério Público vai investigar viagens de Doria pelo país

Diretório do PT questiona as viagens do prefeito; prefeitura alega que elas são pagas pelo próprio Doria

João Doria (Wilson Dias/Agência Brasil)

João Doria (Wilson Dias/Agência Brasil)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 15h34.

Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 16h24.

São Paulo - O prefeito João Doria, de São Paulo, pode ser investigado pelo Ministério Público do Estado por causa de suas viagens a outras cidades do país.

O MPSP abriu um procedimento preparatório de inquérito, para investigar se houve irregularidade nas viagens.

Em nota, a prefeitura afirmou que "responderá em breve os questionamentos do Ministério Público para comprovar a total legalidade nas ações. Ressalte-se que as viagens são custeadas pelo próprio prefeito".

Se a apuração das denúncias mostrar que não houve irregularidade, então o caso será arquivado. Se houver inconsistências, o MP vai abrir um inquérito para investigar a questão mais a fundo.

O procedimento foi motivado por uma ação do Partido dos Trabalhadores, que questionou viagem do prefeito a Palmas, no Tocantins, em agosto, e seus deslocamentos até Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Na representação, o diretório municipal do PT alega que Doria tem viajado com status de "pré-candidato à presidência da República", e que as viagens teriam, portanto, caráter de promoção pessoal.

O PT ainda alega que os deslocamentos poderiam ter gerado custos para a administração municipal, "especialmente em virtude do uso de estruturas da prefeitura, deslocamento ao aeroporto, agendamento de reuniões, bem ainda funcionários e servidores" que "estariam sendo pagos pelo erário no acompanhamento dessa empreitada".

O MP estabeleceu que Doria tem 20 dias para prestar esclarecimentos sobre as viagens, informando o roteiro de viagem, a agenda dos dias em que esteve ausente, e como os funcionários foram pagos.

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