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Ministério da Saúde diz que testará 24% da população para covid-19

Estratégia para a testagem será apresentada após o forte alastramento da pandemia no país, com mais de 1 milhão de infectados por Covid-19 e 51 mil mortes

Ministro da Sáude: Pazuello disse que a orientação "demorou um pouquinho" para ser apresentada porque era preciso tirar todas as dúvidas sobre a realização de testes (José Dias/PR/Flickr)

Ministro da Sáude: Pazuello disse que a orientação "demorou um pouquinho" para ser apresentada porque era preciso tirar todas as dúvidas sobre a realização de testes (José Dias/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 23 de junho de 2020 às 12h28.

Última atualização em 23 de junho de 2020 às 12h55.

O Ministério da Saúde pretende realizar testes para covid-19 em 12% da população na modalidade RT-PCR e outros 12% pelo meio sorológico no plano de orientação de testagem em massa, afirmou o secretário de Vigilância de Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, nesta terça-feira.

Em audiência pública virtual a uma comissão mista do Congresso, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que a pasta vai apresentar até a quarta-feira em entrevista coletiva o plano de orientação para a testagem em massa para o novo coronavírus.

Pazuello disse que a orientação "demorou um pouquinho" para ser apresentada porque era preciso tirar todas as dúvidas sobre a realização de testes. Ele e o secretário da pasta não deram maiores detalhes sobre o assunto.

"Ela está pronta, aqui na minha mão", disse o ministro interino, levantando um papel. "Não vou fazer spoiler aqui", completou.

A estratégia para a testagem será apresentada após o forte alastramento da pandemia no país, com mais de 1 milhão de infectados por Covid-19 e 51 mil mortes. Também será anunciada meses após o início da disseminação do novo coronavírus no Brasil, período em que o presidente Jair Bolsonaro fez duas trocas no comando do Ministério da Saúde --uma ao demitir Luiz Henrique Mandetta e outra após pedido de demissão de Nelson Teich-- antes de Pazuello assumir interinamente.

Pazuello disse que o ministério já distribuiu até o momento 11,3 milhões de testes para diagnóstico de Covid-19, sendo 3,8 milhões de testes RT-PCR e outros 7,5 milhões de testes rápidos.

O ministro da Saúde também disse que o diagnóstico clínico também passará a compor a base de dados de casos de covid-19. De acordo com ele, com isso, os gestores poderão compreender melhor a evolução da doença, sem a depender apenas da confirmação dos testes laboratoriais.

“Vamos gradativamente chegando com transparência e objetividade aos números de contaminados e positivados, tanto por diagnóstico clínico quanto por diagnóstico por teste”, disse.

Vacina

O ministro interino também disse que o governo federal pode assinar nesta semana um acordo para produzir no Brasil a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca.

"Nós estamos fechando com a Casa Civil a assinatura já, o compromisso de participação do Brasil. Já estamos com as ligações paralelas com a universidade e com a AstraZeneca já bem adiantadas envolvendo aí a Fiocruz, a Biomanguinhos", disse Pazuello durante audiência em uma comissão mista do Congresso Nacional que acompanha a pandemia.

"A Casa Civil está analisando essa assinatura nos próximos momentos, de hoje para amanhã, essa semana", acrescentou o ministro.

Pazuello disse ainda que o governo também estuda parcerias similares para outras vacinas que se mostraram promissoras contra a Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, até o momento.

No último fim de semana, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) iniciou os testes da vacina desenvolvida por Oxford em voluntários brasileiros, após esses exames clínicos terem sido aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início do mês.

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