Brasil

Ministério da Saúde decide comprar vacinas da Pfizer e da Janssen

Na terça-feira, 2, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que resolve os problemas apontados pelo governo como empecilhos na aquisição das duas vacinas

 (Justin Tallis/Pool/Getty Images)

(Justin Tallis/Pool/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 3 de março de 2021 às 16h53.

Última atualização em 3 de março de 2021 às 20h48.

O ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira, 3, que pretende fechar a compra das vacinas da Pfizer e da Janssen. A promessa foi feita a representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O acordo deve ser formalizado até a próxima semana.

Pazuello não informou quantas doses da Pfizer devem ser compradas. Em apresentações recentes a prefeitos e governadores, Pazuello disse que a negociação seria por 100 milhões de doses, mas com a entrega de uma primeira parcela de 8,71 milhões de doses em julho. O restante, entre outubro e dezembro.

No caso da Janssen, o laboratório só apareceu dentro do Plano de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 com status de “em negociação”, sem a previsão de lotes ou datas.

A fala de Pazuello ocorre no momento de explosão de internações e colapso de sistemas de saúde em todo o país. O governo é pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, mas o ministro e o presidente Jair Bolsonaro rejeitam há meses a oferta da Pfizer e da Janssen.

O principal obstáculo, segundo o governo, são dois pontos que se referem a “garantias de pagamento e dos laboratórios se resguardarem de eventuais efeitos graves que a vacina possa causar”. 

Na terça-feira, 2, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto, elaborado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que facilita a aquisição de vacinas contra a covid-19 por parte do setor privado, e resolve o problema da aquisição das vacinas da Pfizer e da Janssen.

Segundo a proposta, estados e municípios podem assumir a responsabilidade civil por possíveis eventos adversos decorrentes da imunização contra a covid-19 durante a emergência em saúde pública. Os outros entes federativos também podem adquirir a vacina, de forma suplementar ao Ministério da Saúde. 

O texto ainda abre o caminho para a iniciativa privada comprar o imunizante. Pela regra, a aquisição pode ocorrer enquanto estiver acontecendo a imunização dos grupos prioritários — o que deve levar até o fim do ano. Nesta etapa, a totalidade deve ser dada ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusMinistério da SaúdePandemiaPfizervacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas