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Militares eram ligados a Bolsonaro e plano para matar Lula ‘não ocorreu por detalhe’, diz ministro

Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta esteve no G20 e comentou operação da PF que prendeu policial e quatro 'kids pretos’

Agência o Globo
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Publicado em 19 de novembro de 2024 às 11h43.

Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 11h45.

A operação da Polícia Federal (PF), que prendeu um policial e quatro ‘kids pretos’ do Exército que teriam planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022, trouxe elementos novos e “extremamente graves” sobre a participação de pessoas do governo Bolsonaro nesse episódio, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta.

Pimenta participou de reunião do G20 nesta manhã para anunciar um memorando de entendimento com o Chile e comentou com jornalistas a operação da PF.

Segundo o ministro, as investigações deixam claro que o discurso dos manifestantes do dia 8 de janeiro não foi democrático, mas sim parte de uma tentativa de golpe de estado, disse ele.

"Estamos falando de uma ação concreta e objetiva que traz elementos novos extremamente graves sobre a participação de pessoas do núcleo de poder do governo Bolsonaro no golpe que tentaram executar no Brasil, impedindo a posse do presidente e vice-presidente eleitos. Tudo isso só não ocorreu por detalhe", afirmou.

Pimenta disse ainda que o plano de golpe de estado contou com a participação de pessoas diretamente ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele citou um general, que ocupava o cargo de secretário executivo da Secretaria de Governo e, portanto, atuava no Palácio do Planalto, além de coronéis da área de Operações Especiais, uma área dentro do Exército brasileiro considerada sensível.

Relação com o 8 de janeiro

O ministro ainda relembrou episódios que antecederam os atos do dia 8 de janeiro e destacou a relação entre os fatos e os envolvidos, a exemplo da tentativa de explosão de um caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília, na véspera do Natal.

"São fatos que se relacionam entre si. Os personagens são os mesmos. Os mesmos personagens que financiaram a presença dos acampados à frente aos quarteis estão envolvidos também nesses episódios".

O ministro ainda cobrou que a investigação seja levada às “últimas consequências”.

"(...) Para que realmente todos aqueles que atentam contra a democracia sejam identificados e paguem por esse crime. A sociedade precisa compreender que crime contra a democracia é algo que não pode ser tolerado", destacou.

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