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Militares "corrigiram" rumos da República, diz ministro da Educação

Ricardo Vélez Rodriguez afirmou que a ditadura militar foi um "ciclo centralizador querido pela sociedade brasileira"

Rodriguez:"Temos de trabalhar para elaborar novas políticas que nos conduzam a uma verdadeira educação", afirmou o ministro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodriguez:"Temos de trabalhar para elaborar novas políticas que nos conduzam a uma verdadeira educação", afirmou o ministro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 08h28.

Brasília - O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, afirmou ontem que o período da ditadura militar no Brasil foi um "ciclo centralizador" que atendeu os anseios da população. "O ciclo 1964-1985 foi querido pela sociedade brasileira. Os militares não caíram de Marte. Eles foram chamados para corrigir, como uma espécie de poder moderador, os rumos enviesados que tinha enveredado a República", afirmou ele, durante a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícius Rodrigues.

Num discurso de 24 minutos, o ministro fez referências que foram de João VI, passaram por Duque de Caxias e Getúlio Vargas, até chegar ao ex-presidente João Baptista Figueiredo, último mandatário no período da ditadura militar, para defender o papel de "instituições preservadoras da memória nacional" para a democracia.

Rodriguez afirmou ser necessária a interpretação correta de dados obtidos pelas avaliações do Inep e atribuiu o baixo desempenho de estudantes brasileiros em avaliações ao descompasso entre o que estudos indicam e as políticas de educação adotadas.

"As nossas más performances de provas internacionais decorrem de que não estamos refletindo os dados fornecidos do Inep", disse Rodriguez. "Temos de trabalhar, interpretar para elaborar novas políticas que nos conduzam a uma verdadeira educação", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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