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Militares acompanham teste de urna no DF; veja como é

Novo teste foi organizaodo por TSE após Forças Armadas insistirem na necessidade de reforçar a segurança do processo eleitoral

Urna eleitoral (Evaristo Sa/AFP/Getty Images)

Urna eleitoral (Evaristo Sa/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2022 às 13h53.

Militares e auditores da Controladoria Geral da União (CGU) acompanham em Brasília o teste de integridade de urnas eletrônicas. No DF, a testagem é feita em seis urnas numa escola privada. O procedimento se repete em 18 cidades em todo o País. Também participam do monitoramento dos testes-piloto observadores internacionais, de entidades da sociedade civil e auditores externos de uma empresa privada contratada pelo TSE.

O novo teste das urnas foi montado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de as Forças Armadas insistirem na necessidade de reforçar a segurança do processo eleitoral, mesmo sem provas de que há risco de fraudes no sistema de coleta de votos e apuração.

No mês passado, o plenário do TSE aprovou proposta do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, para realização do teste de integridade no modelo reivindicado pelos militares. Até então os testes eram feitos em urnas pré-selecionadas e que eram levadas aos tribunais regionais para averiguação por servidores da Justiça Eleitoral.

No novo teste, os eleitores são convidados a participar e a testagem ocorre nos locais de votação. Eles emprestam a digital para acionar o equipamento que ativa a urna eletrônica submetida. Na sequência, servidores da Justiça Eleitoral registram votos nos candidatos, mas nenhum deles serve para a contagem oficial da apuração. O que ficar registrado na urna de teste será usado apenas para checar se o que foi digitado aparece ao final quando é gerado um documento impresso, o boletim de urna.

O Ministério da Defesa designou dois militares para acompanhar o procedimento à paisana nos locais de votação. Os oficiais se revezam na cobertura do procedimento, que será realizado até as 17h deste domingo.

O Estadão acompanhou o teste e conversou, na saída da seção, com uma estudante que participou do procedimento. O TSE não permite expor os participantes. A eleitora disse não ter conhecimento da existência do teste, mas concordou em participar por "confiar nas urnas eletrônicas". Ela disse ter sido informada pelos servidores da Justiça Eleitoral que o procedimento não anula o seu voto, tampouco interfere na contagem oficial. A jovem ainda recebeu uma cartilha com explicações detalhadas do procedimento.

Os servidores que realizam o procedimento integram órgãos do Judiciário e do Ministério Público (MP, como Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o Tribunal Regional Eleitoral, o TSE e o MP local.

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