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Militantes agridem jornalistas em Sindicato em São Bernardo

Os líderes da CUT e do MTST, Vagner Freitas e Guilherme Boulos, tentaram acalmar os manifestantes, mas o clima é tenso no local

 (Diogo Max/Site Exame)

(Diogo Max/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2018 às 11h08.

São Paulo - Um grupo de militantes cercou e insultou o repórter Pedro Duran, da rádio 'CBN', do Grupo Globo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra desde quinta-feira (5). Grades foram atiradas contra o jornalista, que teve que ser protegido pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) e seus seguranças. Duran foi colocado em um elevador para se refugiar. Um repórter do Estado também foi agredido por um apoiador de Lula enquanto apurava informações.

Os líderes da CUT e do MTST, Vagner Freitas e Guilherme Boulos, tentaram acalmar os manifestantes, mas o clima é tenso no local. Um grupo de jornalistas está cercado na área da agressão e não consegue sair.

O repórter chegou com identificação de imprensa da CBN pela porta do estacionamento. Estava rodeado de vários outros jornalistas sem identificação. A multidão começou a gritar palavras de ordem contra a Rede Globo e se deslocou atrás do repórter.

Zarattini conseguiu se colocar no meio antes que eles chegassem até o repórter. Houve empurra-empurra e ele foi levado até a parte de acesso restrito. Seguranças dizem que o removeram do prédio.

As agressões a jornalistas têm sido recorrentes nas manifestações contra a prisão de Lula. Houve registros em São Bernardo e em Brasília. Um carro do Correio Braziliense foi apedrejado na capital federal e um fotógrafo do Estado foi atingido por ovos na cidade do ABC paulista.

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