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Mil manifestantes se reúnem no centro de SP em ato

Para um dos organizadores do protesto, Marcelo Hotimsky, integrante do Movimento Passe Livre (MPL), a manifestação desta quarta-feira é um "ato-denúncia"


	Alckmin: fazendo referência ao governador, manifestantes cantam "Geraldo, assim não dá, pelo transporte nós vamos lutar"
 (Marcelo Camargo/ABr)

Alckmin: fazendo referência ao governador, manifestantes cantam "Geraldo, assim não dá, pelo transporte nós vamos lutar" (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 17h04.

São Paulo - Um grupo de cerca de mil manifestantes que se reúne no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, de acordo com a Polícia Militar (PM), entoa na tarde desta quarta-feira gritos de guerra contra o PSDB. "Geraldo, assim não dá, pelo transporte nós vamos lutar", canta o grupo.

"Esse protesto é contra a corrupção, mas já são 20 anos de administrações tucanas que vêm tratando o assunto como uma caixa-preta", disse Thiago Aguiar, do coletivo de juventude Juntos!

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos no Estado de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, promete uma manifestação "pacífica, mas forte" contra as supostas corrupção e formação de cartéis pelas grandes empresas do transporte público.

Nesta terça-feira, 13, a página de um grupo adepto ao black bloc (estratégia de manifestação e protesto anarquista) da capital paulista divulgou uma nota afirmando que não participaria do protesto por ter sido organizado em conjunto com o sindicato. "Os companheiros dos black blocs têm o direito de não concordar com a gente, mas queremos uma manifestação pacífica", disse Melo Júnior.

Para um dos organizadores do protesto, Marcelo Hotimsky, integrante do Movimento Passe Livre (MPL), a manifestação desta quarta-feira é um "ato-denúncia", diferente dos habituais do grupo.

"O transporte público é pensado de acordo com o interesse de certos grupos, de empresas. A denúncia de cartel demonstra que o dinheiro público que deveria estar senso utilizado na melhoria do transporte público está sendo utilizado para interesses privados."


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos no Estado de São Paulo disse que a população tem de ficar nas ruas "até que o dinheiro desviado pelo "cartel da Companhia do Metropolitano (Metrô) seja devolvido".

A categoria elegeu como pauta para a manifestação desta quarta-feira o fim da corrupção e pede a prisão dos envolvidos no caso. A ideia da organização do ato, segundo a polícia, é seguir do Vale do Anhangabaú para a Avenida São João e o Largo São Francisco. O ato segue pacífico. Cantando "O Geraldo vai cair, vai cair, vai cair", numa referência ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), o grupo de manifestantes seguia pela Rua Líbero Badaró. O destino final é a Secretaria dos Transportes do Estado, na Rua Boa vista.

O tenente-coronel Marcelo Pignatari, que acompanha a manifestação, afirmou que o protesto terá livre-acesso às ruas do centro. "Se for pacífico, o protesto poderá se locomover sem problemas", disse. A PM já tem homens preparados na Avenida Paulista, local onde acontece grande parte das grandes manifestações da cidade.

Assembleia Legislativa

Enquanto um grupo organizado pelo MPL e pelo Sindicato dos Metroviários faz passeata pelas ruas do centro da capital, outros manifestantes seguem acampados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Às 17 horas, um ato marcado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) pressionará pela abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o suposto envolvimento de tucanos no cartel.

Divididos em seis barracas, 20 manifestantes estão desde a noite da segunda-feira, 12, acampados em frente à sede da Alesp. Dizendo-se integrantes do Movimento Ocupa São Paulo, eles prometem "ir até as últimas consequências" para levar uma pauta de reivindicação para os deputados estaduais.

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