Brasil

Metrô e CPTM entram em greve nesta terça-feira; veja as linhas afetadas

A Justiça do Trabalho determinou que os trabalhadores da CPTM e do Metrô devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos

Greve: população deve ser afetada pela paralisação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Greve: população deve ser afetada pela paralisação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 00h02.

Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 18h22.

Os sindicatos dos funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) entraram em greve de 24 horas nesta terça-feira, 3, contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas.

"O dia 3/10 unifica a luta contra o leilão da Linha 7 da CPTM, a tramitação da privatização da SABESP na ALESP e as terceirizações no Metrô. E se não retirar os editais dos pregões que visam terceirizar serviços realizados por metroviários, debateremos na assembleia do dia 3/10 a forma de darmos continuidade na nossa luta contra a destruição do Metrô público", afirma o sindicato dos metroviários em nota.

As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata não funcionam nesta terça-feira. Na CPTM, as linhas 7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade estão operando parcialmente ou estão fechadas. As linhas 4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda vão operar normalmente em meio à greve -- elas são administradas pela iniciativa privada. Ainda está claro se a paralisação dos trabalhadores da Sabesp terá algum impacto para a população.

Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que os trabalhadores da CPTM e do Metrô devem operar com 100% do efetivo em horários de pico e 80% nos demais períodos. A decisão define que os horários de pico são os compreendidos entre 4h e 10h e entre 16h e 21h. Ficou proibida a liberação de catracas. Em caso de descumprimento da determinação, “cada um dos sindicatos que representam os trabalhadores sofrerão multa diária de R$ 500 mil”.

As mobilizações dos ferroviários serão nas regiões da: Luz, Mauá, Pirituba e Francisco Mourato. Os piquetes dos metroviários ocorrerão nas estações: Jabaquara, Itaquera, Belém, Tamanduateí e Ana Rosa. E os da Sabesp, nas unidades de: Ponte Pequena (Avenida Santos Dumont), Costa Carvalho, Rua do Sumidouro, ABV (Avenida Santo Amaro) e Mooca (Avenida Sebastião Preto). Já os piquetes da Central do Brasil serão nas regiões: Suzano, Guaianases, Itaim, Engenheiro Goulart e Braz.

Pressão contra privatizações

Desde junho, os metroviários e ferroviários realizam publicações para pressionar a gestão Tarcísio a rever o plano de concessões de linhas do Metrô. Em janeiro, logo após a posse, Tarcísio afirmou que tinha planos para privatização das linhas do Metrô. Os estudos de viabilidade da concessão das linhas 1, 2 e 3 para a iniciativa privada devem ser anunciados nos próximos meses. Em abril, o governador autorizou estudos de concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, além da futura linha 14-Ônix. A administração estadual já assinou um contrato com a IFC (Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial para fazer a modelagem das concessões.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP também aprovou uma paralisação das atividades para hoje em apoio à greve do Metrô, da CPTM  e da Sabesp.

Acompanhe tudo sobre:GrevesMetrô de São Paulosao-paulo

Mais de Brasil

Enem 2024: quem faltou no primeiro dia pode fazer a segunda prova?

Quais as regras para transportar animais no carro? Veja o que diz a lei

Eleições municipais revelaram que o povo não quer radicalização, diz Temer

Quais matérias vão cair no segundo dia do Enem 2024?