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Metrô e CPTM ameaçam paralisação na próxima terça-feira

Os metroviários protestam contra a privatização de linhas e a terceirização das bilheterias do Metrô

Metrô: a categoria deve parar por 24 horas (CPTM/Divulgação)

Metrô: a categoria deve parar por 24 horas (CPTM/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2017 às 21h12.

São Paulo - Funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prometem uma paralisação na próxima terça-feira, 1º de agosto.

Os metroviários protestam contra a privatização de linhas e a terceirização das bilheterias do Metrô. A categoria deve parar por 24 horas.

Já os funcionários da CPTM protestam contra a redução de 3,51% nos salários dos trabalhadores da companhia. Os funcionários do Metrô e da CPTM ainda devem se reunir na próxima segunda-feira, 31, para confirmar a decisão de greve.

Procurada na noite desta quinta-feira, 27, a CPTM explicou que cumpre uma decisão judicial ao aplicar a redução da tabela salarial, em 3,51%, a partir do mês de julho.

"Ressalta-se que a CPTM é obrigada a cumprir determinação do TST, sob pena de crime de responsabilidade dos seus gestores. Os valores já pagos e recebidos pelos empregados até agora não serão descontados", diz a nota.

O Metrô não havia se posicionado até as 20 horas desta quinta.

Justiça

Diante da possibilidade de greve, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região deferiu, na terça e quarta-feira, liminares que impõem limites às paralisações nos serviços da CPTM e do Metrô.

A decisão determina que os ferroviários mantenham 80% do efetivo, em todos os serviços de operação de trens entre 4h e 10h e 16h e 21h.

Para os demais períodos, o efetivo deverá ser de 60%. A liminar também proíbe a "liberação de catracas". Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária no valor de R$ 100 mil.

No caso do Metrô, deverá ser garantido efetivo de 80% das 6h às 9h e das 16h às 19h. Para os demais períodos, o efetivo deverá ser de no mínimo 60%, com multa no mesmo valor, de R$ 100 mil por dia, em caso de descumprimento.

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