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Metrô de SP: Sindicato aprova estado de greve e marca nova assembleia para discutir paralisação

Na próxima segunda-feira, 23, uma assembleia será realizada para discutir uma greve em 26 de outubro, quando é comemorado o dia do metroviário

Metrô de SP (Anadolu Agency/Getty Images)

Metrô de SP (Anadolu Agency/Getty Images)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 19 de outubro de 2023 às 09h58.

Última atualização em 24 de outubro de 2023 às 14h28.

O sindicato dos metroviários aprovou em assembleia realizada na última segunda-feira, 16, que os servidores estão em estado de greve contra as advertências aplicadas pelo Metrô e as privatizações em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas. Com a decisão, a categoria alerta que pode realizar uma paralisação a qualquer momento. 

ATUALIZAÇÃO: Metrô de SP: assembleia termina sem definição sobre nova greve

Na próxima segunda-feira, 23, uma assembleia será realizada para discutir uma greve em 26 de outubro, quando é comemorado o dia do metroviário. Segundo o sindicato, a Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários) está organizando um dia nacional de luta, com paralisações, manifestações e panfletagens em todo o país contra os planos de privatização do Metrô de São Paulo, Recife e Porto Alegre.

"A categoria em assembleia, aprovou Estado de Greve, contra as punições e para seguir na luta contra às privatizações e terceirizações. Se a empresa continuar aplicando advertências faremos assembleia imediatamente, e esperamos que até dia 23/10, onde teremos nova assembleia, o Metrô tenha retirado as advertências aplicadas em 12/10", escreve em nota.

A reunião também deve discutir sobre o processo movido pelo Metrô que pede R$ 7,1 milhões por supostos prejuízos gerados durante a greve no início do mês. Em nota publicada no X, antigo Twitter, o sindicato afirma que teve conhecimento da ação pela imprensa e que ainda não foi notificado oficialmente.

Greve no dia 3 de outubro

A greve do dia 3 causou impacto na capital paulista, que registrou mais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas.

Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade. Em meio à greve, a linha 9-esmeralda apresentou falha elétrica e os trechos entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré foram paralisados.

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