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Metrô de São Paulo aprova plano de demissão voluntária

O objetivo é a renovação do quadro de funcionários e a redução dos custos. Só não podem aderir a PDV os funcionários que ocupam cargos de confiança


	Metrô: o objetivo é a renovação do quadro de funcionários e a redução dos custos. Só não podem aderir a PDV os funcionários que ocupam cargos de confiança
 (Thinkstock/Starflamedia)

Metrô: o objetivo é a renovação do quadro de funcionários e a redução dos custos. Só não podem aderir a PDV os funcionários que ocupam cargos de confiança (Thinkstock/Starflamedia)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 16h18.

São Paulo - O Metrô de São Paulo aprovou um plano de demissão voluntária (PDV) direcionado para todos os funcionários com mais de 90 dias na empresa.

O objetivo é a renovação do quadro de funcionários e a redução dos custos. A ideia é repor 100% das vagas nas áreas operacionais. Só não podem aderir a PDV os funcionários que ocupam cargos de confiança.

Para aderir ao PDV, os interessados deverão preencher, de 25 de julho a 8 de setembro, um formulário online. Aqueles que aderirem e forem aceitos terão saldo do salário dos dias trabalhados, 13º salário proporcional, férias vencidas ou proporcionais, gratificação por tempo de serviço sobre verbas rescisórias, aviso prévio de 30 dias mais cinco dias a cada ano trabalhado, valor equivalente a 40% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS (que será pago como verba indenizatória).

Assistência médica

Quem aderir ao PDV terá ainda assistência médica paga pelo metrô conforme o tempo de serviço, com direito à inclusão de um dependente.

“Quanto mais tempo de casa o empregado tiver, maior o tempo do benefício do plano de saúde. Por exemplo, quem tem entre 31 e 35 anos de empresa conseguirá 36 meses de concessão da assistência médica. Quem tem mais de 41 anos passará a ter 48 meses”, informou o Metrô em seu site.

De acordo com as informações do metrô, o comitê que fará a análise dos pedidos de adesão levará em conta o tempo de empresa, cargo e área ocupados e conhecimento técnico do funcionário.

Economia

“As manifestações de adesão ao PDV dos empregados que exerçam atividades que possam colocar em risco a continuidade dos serviços técnicos e operacionais prestados pelo Metrô serão avaliadas também pelas áreas gestoras”, informou a direção do metrô.

Nesses casos, o metrô estabelecerá um prazo para que o funcionário que quer se desligar passe seus conhecimentos para outros funcionários, cumprindo assim o objetivo de movimentar e renovar a estrutura das carreiras. O prazo de efetivação dos pedidos de demissão será de até dois anos.

Por meio da assessoria de imprensa, o metrô informou que ainda não tem estimativa de quanto economizará com o PDV. Também não soube informar se haverá concursos para novas contratações.

Incentivos

De acordo com o diretor de Comunicação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Tiago Pereira, o sindicato é contrário ao PDV e acredita que a implantação do programa contribuirá para deteriorar ainda mais o quadro de operações do Metrô.

“O quadro de operações já está deteriorado, porque faz tempo que o metrô não abre concurso. Com essa política, vai piorar a situação e afetará diretamente a prestação de serviço para a população”.

Para o sindicato, poucos trabalhadores irão aderir ao PDV, porque o incentivo é muito baixo. “Estamos explicando isso para os trabalhadores. A única coisa que estão oferecendo a mais é um máximo de quatro anos de plano de saúde. A questão é o que fazer depois desses quatro anos”, acrescentou Tiago Pereira.

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