Brasil

Metalúrgicos protestam em SP contra demissões na GM

Com faixas e apitos, cerca de 120 manifestantes, que chegaram em caravana, defendiam a manutenção dos quase 1.800 empregos na fábrica da General Motors

Funcionários da General Motors em greve de 2009 na fábrica de São José dos Campos: a desaceleração da economia brasileira afetou a autoindústria (Nelson Almeida/AFP)

Funcionários da General Motors em greve de 2009 na fábrica de São José dos Campos: a desaceleração da economia brasileira afetou a autoindústria (Nelson Almeida/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 11h00.

São Paulo - Um protesto organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região movimentou no início da tarde deste sábado a entrada do Salão Internacional do Automóvel, que acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista. Com faixas e apitos, cerca de 120 manifestantes, que chegaram em caravana, defendiam a manutenção dos quase 1.800 empregos na fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos, previstos para serem cortados no final de janeiro de 2013, com o encerramento de uma linha de produção.

"O protesto é para externar a situação que os trabalhadores vivem. Queremos dos governos federal e estadual a proibição das demissões", disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, ao lado do carro de som. A manifestação ocupou parte da pista da avenida Olavo Fontoura, no bairro de Santana. Segundo ele, não há razões para as demissões porque a empresa registra aumento de vendas e se beneficia de isenções fiscais do governo federal, como do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi prorrogado até o final deste ano.

Há duas semanas, os metalúrgicos aprovaram acordo com a GM, que adiou as demissões do final de novembro para o dia 26 de janeiro de 2013. Barros disse que, dos 1.840 trabalhadores que devem ser demitidos com o fechamento da linha de montagem, 242 já aceitaram ingressar em um plano de demissões voluntárias. "O restante dos trabalhadores quer continuar trabalhando", contou.

Segundo ele, a categoria reivindica que a linha de montagem seja mantida no Brasil e não transferida para plantas da GM em outros países. O sindicalista afirmou que a empresa pretende produzir no exterior para depois importar os carros ao Brasil, com incentivos relativos a acordos comerciais. Neste momento, cerca de 900 trabalhadores mantêm suas funções na unidade da GM em São José dos Campos. Outros 824 estão com contratos de trabalho suspensos.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEmpresasEmpresas americanasgestao-de-negociosGM – General MotorsMontadoras

Mais de Brasil

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT