Metalúrgicos em linha de montagem: negociação salarial ocorrerá de forma individual com cada empresa, informou o sindicato (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2014 às 20h32.
São Paulo - Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes decidiram paralisar as atividades a partir da próxima semana, informou o sindicato da região. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, 31, por unanimidade.
Cerca de 1.100 trabalhadores compareceram à assembleia. A negociação salarial ocorrerá de forma individual com cada empresa, informou o sindicato.
As companhias receberão uma carta de greve a partir de segunda-feira, o que abre um prazo de 72 horas para novas negociações antes de a paralisação começar de fato.
Durante toda a semana os metalúrgicos promoveram mobilizações em frente às fábricas para pressionar os grupos patronais. O sindicato representa cerca de 260 mil trabalhadores e é o maior do Estado de São Paulo.
Outros sindicatos do Estado também estão reunidos para deliberar sobre o tema. A Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo representa 54 sindicatos, o que envolve cerca de 750 mil trabalhadores.
A assembleia teve início às 18 horas, e o presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, fez um balanço da economia e depois colocou o tema em votação.
Segundo a assessoria do sindicato, havia a expectativa de os trabalhadores receberem alguma contraproposta das empresas, o que não ocorreu.
As entidades patronais estão oferecendo aos trabalhadores um aumento salarial para recompor a inflação. A reivindicação é por um ganho acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas ainda não há um porcentual definido para a reivindicação.
A data-base para o dissídio da categoria é primeiro de novembro. O valor acumulado do INPC em 12 meses está em 6,59% até setembro.
O número para o mês de outubro, que será usado como base para o aumento, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima sexta-feira.