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Metalúrgicos de São Paulo entram na 3ª semana de paralisação

Dos seis setores que negociam com a Federação, apenas um fechou acordo com os trabalhadores, o de fundição, que tem cerca de 4 mil funcionários


	Greve: na região do ABC, as empresas têm ignorado os grupos patronais e fechado acordos isolados para evitar a paralisação das fábricas
 (Rodrigo José/Divulgação/SMABC)

Greve: na região do ABC, as empresas têm ignorado os grupos patronais e fechado acordos isolados para evitar a paralisação das fábricas (Rodrigo José/Divulgação/SMABC)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 23h02.

São Paulo - Os metalúrgicos em campanha salarial do Estado de São Paulo entram, na próxima segunda-feira (24), na terceira semana de paralisações e greves espalhadas pelos municípios. Com data-base em 1º de setembro, a maioria da categoria ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) paulista segue sem acordo com as bancadas patronais.

Dos seis setores que negociam com a Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP), apenas um já fechou acordo com os trabalhadores, o de fundição, que tem cerca de 4 mil funcionários. Os outros 201 mil metalúrgicos da base da FEM no Estado continuarão com protestos na próxima semana, que podem ser feitos por meio de atrasos nos turnos, paralisações ou assembleias longas.

Nos municípios de Araraquara, Itu, Monte Alto, Pindamonhangaba, Salto, São Carlos, Sorocaba e Taubaté, os trabalhadores têm realizado assembleias, atrasos nos turnos e paralisações. Na última quarta-feira (19), por exemplo, os 2.300 trabalhadores da Eletrolux de São Carlos realizaram atrasos de uma hora em todos os turnos. As greves são espalhadas nas cidades.

Na região do ABC, as empresas têm ignorado os grupos patronais e fechado acordos isolados para evitar a paralisação das fábricas. Desde terça-feira, quando seria iniciada uma greve, 98 empresas já atenderam as reivindicações dos trabalhadores. O mesmo aconteceu na IESA de Araraquara, onde a empresa atendeu pedido dos 1.900 metalúrgicos depois de paralisação de três dias.

A reivindicação dos trabalhadores é de reposição da inflação de 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,5%, o que leva ao pedido de 8% de aumento. Nesta semana, novas propostas dos grupos 2 (máquinas e eletrônicos) e 3 (autopeças, parafusos e forjaria), de 6% e 7% de reajuste, respectivamente, foram rejeitadas.

A FEM espera que os grupos 2, 3, 8, 10 e estamparia apresentem novas propostas na próxima semana. Na Terça-feira (25), a FEM assina com a bancada patronal de fundição o aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho, com as propostas aprovadas.

Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011.

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