Médico em consulta: o exame, no entanto, não é obrigatório e sua reprovação não impede que os médicos recém-formados exerçam a profissão (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 14h23.
São Paulo - Quase metade dos médicos recém-formados do Estado de São Paulo reprovou no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) no ano passado.
Em 2015, dos 2.726 médicos que fizeram a prova, 48,1% não acertaram 60% das 120 questões da prova, porcentual mínimo exigido pelo conselho.
Entre os médicos formados em escolas privadas de Medicina, a reprovação é ainda maior: 58,8%. Enquanto nas escolas públicas paulistas, a média de reprovação foi de 26,4%.
Segundo o presidente do Cremesp, Bráulio Luna Filho, houve uma ligeira melhora no índice de aprovação em relação aos anos anteriores, mas disse que a média ainda é preocupante. Em 2014, os reprovados foram 55% do total e, em 2013, 59,2%.
O exame, no entanto, não é obrigatório e sua reprovação não impede que os médicos recém-formados exerçam a profissão.
"No Brasil, não existe uma lei que impeça que esse indivíduo, identificado como incompetente para a atividade (pelo exame do conselho) entre para a atividade médica. O conselho lamenta que essa seja a nossa legislação", disse Luna Filho.
Das 30 escolas de Medicina paulistas que tiveram alunos que fizeram o exame no ano passado, apenas 15 tiveram média de acertos na prova superior a 60%, das quais nove são instituições públicas e seis, particulares.