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Metade das indústrias de SP importa máquinas

Uma em cada duas indústrias paulistas importa máquinas, insumos e até produtos prontos de vários lugares do mundo

Empresas deixam as produtoras brasileiras de lado e  recorrem ao exterior (Germano Lüders/EXAME/Exame Hoje)

Empresas deixam as produtoras brasileiras de lado e recorrem ao exterior (Germano Lüders/EXAME/Exame Hoje)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 12h42.

São Paulo - Com o real valorizado em relação ao dólar, uma em cada duas indústrias paulistas importa máquinas, insumos e até produtos prontos de vários lugares do mundo, principalmente da Ásia. Pesquisa inédita da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que 55% das fábricas já se abastecem no exterior, em detrimento do fornecedor local.

Só este ano 17% das indústrias passaram a trazer mais produtos e equipamentos do exterior do que o faziam anteriormente e outras 3% começaram a importar. A entidade ouviu 354 empresas de todos os tipos e tamanhos instaladas no Estado.

“Estamos sob efeito de uma constelação de fatores adversos que achata a competitividade e ameaça a produção doméstica”, diz o diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini.

Boa parte das empresas que recorre ao exterior está em busca de insumos mais baratos. Segundo a pesquisa, 66% das companhias importam, preferencialmente, matérias-primas, 20% trouxeram máquinas e equipamentos e 23% importaram produtos acabados. Os porcentuais variam um pouco conforme o porte da empresa.

Entre as grandes, o porcentual de empresas que importam máquinas e equipamentos sobe para 34%. Entre as pequenas, acaba sendo mais fácil já trazer o produto pronto do exterior e apenas distribuir. A pesquisa apontou que 29% das pequenas empresas paulistas trazem produtos prontos de fora do País.

Os empresários responsabilizam, entre outros fatores, o real forte pela falta de competitividade do produto nacional. Segundo Francini, o iuane chinês está subvalorizado em 40% em relação ao dólar, enquanto o real estaria sobrevalorizado em 42%. “Não tem eficiência produtiva que seja capaz de vencer o desafio de produzir por metade do valor”, argumenta o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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