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Mesmo com shopping e comércio abertos, isolamento em SP segue estável

Isolamento social no sábado foi de 49%, taxa semelhante a outros sábados no mês de maio; quarentena segue na cidade até no mínimo 31 de junho

A maioria das pessoas estavam nas ruas usando máscaras de proteção, mas ainda assim tem gente que faz o uso inadequado do objeto de proteção  (Eduardo Frazão/Exame)

A maioria das pessoas estavam nas ruas usando máscaras de proteção, mas ainda assim tem gente que faz o uso inadequado do objeto de proteção (Eduardo Frazão/Exame)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 15 de junho de 2020 às 14h09.

Última atualização em 15 de junho de 2020 às 18h12.

O início da flexibilização da quarentena não causou, pelo menos por enquanto, uma redução relevante nas taxas de isolamento social na cidade de São Paulo.

Após três meses fechado, o comércio de rua foi permitido a funcionar na última quarta-feira (10) por quatro horas, fora do horário de pico, e limitado a 20% da capacidade. Os shopping centers reabriram no dia seguinte, também com o mesmo limite de capacidade e no horário das 16 horas às 20 horas.

Os números de isolamento social, divulgados nesta segunda-feira (15) em coletiva de imprensa, foram  de 48% na capital na quinta-feira, caindo para 47% na sexta-feira e subindo para 49% no sábado. No estado, os números foram de 48%, 46% e 48%, respectivamente.

A título de comparação, em todos os sábados do mês de maio a taxa de isolamento na capital flutuou em torno de 50%. O isolamento social na cidade nunca superou os 59% em nenhum dia da semana.

Vale lembrar que mesmo com a flexibilização de alguns setores e serviços, a quarentena segue oficial até 31 de maio na cidade.

"Nós estamos em quarentena. Não é razoável que as pessoas deixem de proteger a própria vida", disse o governador João Doria pedindo para quem não precisar que não saia de casa e cuidados como o uso correto da máscara.

Questionado sobre a reabertura dos shoppings na região metropolitana, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que até hoje ela estava de acordo com o planejado:

"Mas a gente pede a conscientização da população e da fiscalização dos gestores públicos para que os estabelecimentos possam cumprir o determinado pelos protocolos".

Diante de relatos de descumprimento de algumas regras e falta de cuidados com o protocolo, ele destacou que a fiscalização dos estabelecimentos é municipal.

O prefeito Bruno Covas não estava na coletiva, pois foi diagnosticado durante o final de semana com coronavírus.

O secretário de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, informou que o Estado totalizou, às 10h30 desta segunda-feira, 15, 181.460 novos casos confirmados da Covid-19 e 10.767 óbitos pela doença.

Segundo o secretário, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado é de 70,8% - com 5.309 pacientes - e na região metropolitana da capital, de 77,8%.

(Com Agência Estado)

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