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Mesmo com ordem judicial, professores do DF seguem em greve

Ação do Governo do Distrito Federal contra o Sindicato dos Professores pede multa diária de R$ 50 mil e desconto do pagamento dos grevistas pelos dias parados


	Professores estão paralisados desde a última segunda-feira (23), devido ao não recebimento de benefícios e do décimo-terceiro salário
 (Agência Brasil/ Antonio Cruz)

Professores estão paralisados desde a última segunda-feira (23), devido ao não recebimento de benefícios e do décimo-terceiro salário (Agência Brasil/ Antonio Cruz)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 18h01.

Brasília - Mesmo após liminar da Justiça que determina a interrupção da greve, os professores da rede pública do Distrito Federal continuam sem trabalhar.

Segundo o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), a paralisação continua até amanhã, quando vai ocorrer uma assembleia na Praça do Buriti para decidir se os professores voltam, ou não, às aulas.

Em nota divulgada hoje (26), o Sinpro-DF esclarece que foi notificado pelo Tribunal de Justiça, mas vai recorrer da decisão do desembargador. “O sindicato entrará com recurso, inclusive os advogados da entidade já estão trabalhando para apresentar a defesa”.

A nota também diz que hoje será feita uma sessão deliberativa na Câmara Legislativa para debater a questão da educação no DF, em especial a greve.

A ação na Justiça foi ajuizada pelo governo do Distrito Federal (GDF) contra o sindicato e alegava que a greve trazia prejuízos a milhares de crianças e adolescentes.

De acordo com o governo, 95% dos 27 mil professores da rede pública aderiram ao movimento e mais de 460 mil alunos ficaram sem aula. No caso do descumprimento da ordem judicial será aplicado uma multa diária de R$ 50 mil, que deverá ser paga pelo Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF).

Além disso, a ação pede a autorização para que o governo desconte do pagamento dos grevistas os dias parados.

Os professores estão paralisados desde a última segunda-feira (23) devido ao não recebimento de benefícios como abono de férias e décimo-terceiro salários atrasados.

Os valores são referentes ao fim do ano passado e somam quase R$ 200 milhões. Do total, R$ 35 milhões foram pagos e mais R$ 35 milhões serão pagos ainda este mês. A proposta do governo de quitar a divida até junho não foi aceita pelos professores.

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