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Mesmo com nome forte de Aécio, PSDB tem que buscar renovação

Cientista político da consultoria Tendências diz que PSDB deve se reposicionar como oposição para ter chances em 2014

Aécio Neves, senador eleito por Minas Gerais, é peça-chave do PSDB para 2014 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Aécio Neves, senador eleito por Minas Gerais, é peça-chave do PSDB para 2014 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h17.

São Paulo - Depois da derrota de José Serra nas eleições presidenciais, tudo indica que Aécio Neves será o grande nome do PSDB para os próximos quatro anos e a corrida eleitoral de 2014. "A oposição terá que escolher um nome para concorrer, e é provável que seja ele", disse Rafael Cortez, da consultoria Tendências. O cientista político participou de um bate-papo com os leitores de EXAME.com.

Para Cortez, o senador eleito pelo estado de Minas Gerais terá importância considerável nas articulações entre o governo e o senado. "Muito desta relação passará, em certa medida, pelo comportamento do Aécio. É claro que suas chances de ser eleito dependerão também de quem serão seus adversários na ocasião."

O trunfo de Aécio é ter facilidade para se apresentar como um nome nacional, dada a projeção que ele vai conseguir durante seu mandato como senador. Mesmo assim, o caminho do político do PSDB não deve ser fácil. "Ele vai ter muita dificuldade de concorrer com um governo que, depois de dois mandatos, conseguiu mais de 80% de aprovação dos eleitores", afirmou Rafael Cortez.

PSDB
Segundo o cientista político, as urnas trouxeram um recado para o partido de Aécio: é hora de reformulação. "O partido tem que repensar as estratégias para se manter viável para as próximas disputas, a despeito da derrota nestas eleições. O PSDB ainda é o maior partido da oposição e tem grande apoio do eleitorado, mas tem que buscar novas alternativas."

O recado remete a erros cometido pelo partido tucano não apenas durante a campanha eleitoral, mas ao longo de todo o governo Lula. "O PSDB assistiu de forma passiva o PT colocar os principais temas da agenda pública. Isto impediu um discurso alternativo da oposição. Um segundo erro foi não ter se apressado em conseguir uma união dentro do partido", afirmou.

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