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Mesmo com acordo, bloqueios de caminhoneiros continuam

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que até as 11h30 havia 93 pontos de interdição em todo o país


	Caminhoneiros: maioria dos bloqueios ocorre no Rio Grande do Sul
 (REUTERS/Rododlfo Burher)

Caminhoneiros: maioria dos bloqueios ocorre no Rio Grande do Sul (REUTERS/Rododlfo Burher)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 15h23.

Brasília - Apesar do acordo assinado na madrugada desta quinta-feira, 26, entre governo e caminhoneiros pelo fim do protesto dos trabalhadores, os bloqueios continuam hoje.

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que até as 11h30 havia 93 pontos de interdição em todo o país.

Comparado ao último levantamento da polícia divulgado ontem às 21h, houve um pequeno aumento: são cinco pontos a mais.

A maioria dos bloqueios, 42% do total (ou 39 pontos de interdição de vias), ocorre no Rio Grande do Sul.

A lista da PRF segue com Paraná (19 locais), Santa Catarina (14), Mato Grosso (9), Mato Grosso do Sul (7), Bahia (3), Ceará (1) e Minas Gerais (1).

A proposta assinada pelo governo e por representantes de trabalhadores foi assinada por 11 entidades de classe e garante a sanção integral da Lei do Caminhoneiro; carência de 1 ano para pagamento das parcelas de financiamento de caminhões pelo Finame e Pró-Caminhoneiro; elaboração de tabela referencial de frete por entidades representativas de caminhoneiros, transportadoras e embarcadores com mediação do Ministério dos Transportes; ausência de aumento de diesel para caminhoneiros por seis meses.

Ivar Schimidt, um dos líderes do Comando Nacional dos Transportes, alega que o governo está negociando com as pessoas erradas.

Segundo ele, os ministros se reuniram com sindicatos e associações que não têm contato com os caminhoneiros que estão parados.

Ontem, após o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciar os termos do acordo, Schimidt disse que não foi ouvido pelo ministro e que as manifestações continuariam porque não atendem ao pleito dos trabalhadores, que é a redução em R$ 0,50 do preço do óleo diesel.

Ele e outros cem líderes articulam a manutenção do protesto por meio de um grupo do WhatsApp.

"Se o governo acha que as medidas vão acabar com bloqueios, é só esperar para ver", disse após o anúncio de Rossetto.

"As medidas do governo não atendem o movimento. A paralisação continua", afirmou.

Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que participou das negociações com o governo, disse esperar sensibilidade dos caminhoneiros que estão parados.

"Nossa expectativa é que a categoria se sensibilize com as conquistas e encerre o movimento", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, após fechar o acordo.

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