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Mesmo bloqueada, TelexFREE aceita cadastro de brasileiros

Acusada de formação de pirâmide, a TelexFREE está com bens bloqueados no país. Mas brasileiros estão se cadastrando no site americano da empresa, segundo o portal iG


	Funcionários da TelexFREE em protesto em Brasília: divulgadores estão mantendo operações da empresa - bloqueada pela justiça - se cadastrando no site norte-americano
 (Wilson Dias/ABr)

Funcionários da TelexFREE em protesto em Brasília: divulgadores estão mantendo operações da empresa - bloqueada pela justiça - se cadastrando no site norte-americano (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 06h06.

São Paulo - Apesar da TelexFREE ter tido todo o negócio paralisado pela justiça brasileira há mais de 6 meses, os divulgadores da TelexFREE parecem ter encontrado um jeito de manter a a renda e a rede de vendedores.

A reportagem do portal iG conseguiu se cadastrar usando um endereço brasileiro no sistema de pagamentos usado pela TelexFREE norte-americana, o E-Wallet. 

Apesar da página brasileira da empresa mostrar o aviso da decisão judicial proibindo a empresa de cadastrar divulgadores ou comercializar produtos, há diversos vídeos tutoriais no YouTube postados por líderes da rede ensinando como fazer para se cadastrar no sistema através do site dos Estados Unidos.

De acordo com a matéria, driblar o bloqueio não exige mais que um clique: basta acessar o site da TelexFREE dos EUA pelo endereço da brasileira e, na hora de cadastrar o local de residência, escolher a cidade brasileira casada com um estado norte-americano, os únicos aceitos pelo sistema. 

Após o cadastro inicial, ainda segundo o iG, é preciso se registrar no E-Wallet, que é o sistema de transação financeira. Para esse cadastro, a opção de escolher o Brasil como país de residência está liberada. 

A TelexFREE é acusada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) de praticar o crime de pirâmide financeira. Isto é, quando uma empresa e seus vendedores se sustentam não pela venda de um serviço ou produto, mas pelas taxas pagas por quem adere à rede de vendas.

A TelexFREE nega a formação de pirâmide e afirma vender serviços de telefonia pela internet (VoIP).

Ao iG, a promotora que cuida do caso, Alessandra Marques, afirmou que o MP-AC pode acusar os sócios da empresa de descumprir a decisão judicial se ficar provado que são eles que estão por trás da continuidade dos cadastros de brasileiros.

Procurada, a TelexFREE ainda não se manifestou. 

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