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Mercado internacional mostra preocupação com inflação e câmbio no Brasil

Pesquisa feita pelo Ipea mostrou que gentes internacionais com atuação no Brasil aumentaram a expectativa da inflação e diminuíram a previsão do crescimento do país

A próxima edião do Monitor de Percepção Internacional do Brasil deve sair em maio (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

A próxima edião do Monitor de Percepção Internacional do Brasil deve sair em maio (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 17h37.

Brasília – Pesquisa feita com agentes internacionais indica preocupação com o aumento da inflação e a perda de competitividade gerada pela desvalorização do dólar ante o real. Os dados fazem parte da terceira edição do Monitor de Percepção Internacional do Brasil (MPI-Br) divulgado hoje (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo mostra piora nas expectativas inflacionárias para os próximos 12 meses. Do total de entrevistados, 52% esperam inflação próxima a 5,5%, valor acima do centro meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que prevê 4,5%. “Sai do campo positivo para o campo negativo, significa que hoje a média é negativa e com tendência de aumento da inflação”, explicou o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, André Pineli.

As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são piores do que na edição anterior. Para 83%, o crescimento do PIB será entre 3,6% e 6%. Em outubro do ano passado, nenhum entrevistado disse acreditar em índice acima de 6%. Segundo Pineli, os dados se adequam a “realidade atual da economia que prevê desaceleração de crescimento”.

Nesta edição, a pesquisa contou com uma pergunta suplementar, relacionada à taxa de câmbio e às contas externas do país. Sobre a tendência de valorização do real, 38% consideram que o governo tem demorado a intervir para reverter a situação. Quando indagados se o déficit das contas externas serão sustentáveis, 31% responderam que acreditam que sim e que não interfere no crescimento econômico do país e 45% acham que o saldo negativo coloca em risco o crescimento devido ao aumento da dependência da entrada de capitais externos.

A pesquisa foi feita entre os dias 7 e 27 de fevereiro. Participaram agentes internacionais com atuação no Brasil, como membros de embaixadas, consulados, câmaras de comércio, empresas de controle estrangeiro e organizações internacionais. A próxima edição do MPI-Br será divulgada em maio.

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