Sala de aula: o preço médio da mensalidade das instituições considerando as dez primeiras escolas é de R$ 2.663 (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 10h51.
São Paulo - A diferença no custo da mensalidade do 3.º ano do ensino médio entre os dez colégios particulares da cidade de São Paulo que mais se destacaram no ranking do Enem 2012 chega a 186% para o próximo ano letivo, segundo levantamento feito pelo Estado.
Não será possível estudar, em 2014, em uma escola top no Enem pagando menos de R$ 1.345, que será o preço cobrado no Colégio Agostiniano Mendel, o 9.º colocado.
A escola mais cara é a primeira colocada no ranking: o Colégio Vértice - Unidade II, em Campo Belo, na zona sul, com mensalidade de R$ 3.854. O segundo mais caro é o Colégio Santo Américo, no Morumbi, também zona sul, cuja mensalidade em 2014 será de R$ 3.382.
Em seguida vem o Colégio Palmares, de Pinheiros, na zona oeste - o 7.º colocado no ranking - com mensalidade de R$ 3.178. Depois, o Colégio Móbile, de Moema, na zona sul, por R$ 2.750 - o segundo no ranking. O preço médio da mensalidade das instituições considerando as dez primeiras escolas é de R$ 2.663.
Embora haja grande oscilação no preço, o perfil dessas escolas de São Paulo é semelhante. Entre as cinco primeiras, todas têm ou aulas em período integral ou atividades complementares à tarde. Vértice e o Bandeirantes têm aulas preparatórias para os principais vestibulares, simulados e acompanhamento vocacional.
Entrar em uma dessas escolas, contudo, não é fácil. As cinco primeiras chegam a fazer provas e até entrevistas. E muitas das escolas nem sequer abrem matrícula no 3.º ano, como Vértice, Móbile e Bandeirantes.
E o foco na formação interdisciplinar é comum em todas as escolas. No Colégio Santa Cruz, a escola promove debates, trabalhos de ação social e curso de ética e cidadania. "A formação é muito densa desde o início do ensino fundamental. O Enem é um referencial muito importante, mas não é o único indicador de qualidade", explica o diretor-geral, Fábio Aidar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.