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Mensalão volta a ser tema na disputa em Belo Horizonte

Durante debate da TV Record, o candidato Alfredo Flister, em pergunta ao ex-ministro Patrus Ananias, questionou se a campanha "está tendo dificuldade" por causa do STF


	Flister é um candidato nanico e em sua propaganda eleitoral gratuita chegou a exibir foto de Patrus com o também ex-ministro José Dirceu, que deve ser julgado pelo STF
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Flister é um candidato nanico e em sua propaganda eleitoral gratuita chegou a exibir foto de Patrus com o também ex-ministro José Dirceu, que deve ser julgado pelo STF (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 15h12.

Belo Horizonte - O processo do mensalão voltou a ser usado na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Durante debate promovido na noite de segunda-feira pela TV Record, o candidato Alfredo Flister (PHS), em meio a outra pergunta ao ex-ministro Patrus Ananias (PT), questionou se a campanha petista "está tendo dificuldade" por causa do processo que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Flister é um candidato nanico, sem nenhuma tradição na política mineira, e em sua propaganda eleitoral gratuita chegou a exibir foto de Patrus com o também ex-ministro José Dirceu, que deve ser julgado pelo STF ainda esta semana. "O candidato (Flister) não está disputando a eleição. Está aqui a serviço de outra candidatura", disparou o petista, em alusão ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição.

Com campanha comandada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), virtual candidato à Presidência em 2014, o socialista concentrou ataques no PT e fez críticas também ao governo federal, principalmente à gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lacerda chegou a questionar Patrus sobre a falta de recursos para o metrô, antiga reivindicação da capital, enquanto o adversário esteve no governo federal.

"Eu estava no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e esses recursos chegaram. O metrô exige projeto", rebateu o petista, que "devolveu" a pergunta questionando porque a obra não andou na gestão de Lacerda. "Lula fez acordo com as centrais sindicais para não fazer nenhuma Parceria Público-Privada em seu governo", declarou o prefeito.

Mas, as chamadas PPPs, principalmente na Saúde, também serviram para questionamentos a Lacerda por parte da candidata Maria da Consolação Rocha (PSOL), que, apesar de criticar Patrus, centrou ataques no prefeito - ao contrário de Flister, que fez críticas ao Executivo, mas se concentrou no candidato petista. Ela apontou "falta de planejamento" da administração municipal por causa de obras que estão sendo refeitas em avenidas da capital e pediu ao eleitorado para "garantir o segundo turno" das eleições - pesquisas de intenção de voto indicam a possibilidade de Lacerda vencer no primeiro turno.

E ainda relacionou o prefeito ao empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, também réu no mensalão. Maria da Consolação aproveitou denúncias de obra irregular em terreno do empresário na região da Pampulha para acusar o prefeito de beneficiar "amigos, a exemplo de Marcos Valério, que se apropriou de uma rua e recebeu notificação e multa de R$ 1 mil" da prefeitura.

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