Brasil

Mensalão: STF volta a discutir pena de Ramon Hollerbach

Ontem (7), os ministros não conseguiram definir a última pena em questão para o réu, relativa ao crime de evasão de divisas

Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello: Celso de Mello propôs que a Corte adote o critério de aumento de um terço (José Cruz/ABr)

Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello: Celso de Mello propôs que a Corte adote o critério de aumento de um terço (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 13h38.

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) recomeçou na tarde de hoje (8) a discussão sobre a pena que deve ser aplicada ao publicitário Ramon Hollerbach na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ontem (7), os ministros não conseguiram definir a última pena em questão para o réu, relativa ao crime de evasão de divisas.

A sessão de hoje começou com uma questão de ordem proposta pelo ministro Celso de Mello, o decano da Corte, para a solução do conflito sobre a hipótese de aumento da pena neste caso. De acordo com a legislação penal, o acréscimo de pena tem que ser considerado porque houve 53 operações de envio de dinheiro ao exterior, o que pode aumentar a punição em até dois terços.

Cinco ministros defenderam ontem o aumento de dois terços da pena e quatro ministros, o aumento de um terço. O ministro Marco Aurélio Mello, no entanto, votou para que não haja qualquer acréscimo na pena. Ele entende que por mais que o réu tenha feito várias operações, trata-se apenas de um crime de evasão.

Celso de Mello propôs que a Corte adote o critério de aumento de um terço, pois o de dois terços obrigatoriamente contém esse valor menor.

Os ministros não concluíram a discussão porque decidiram aguardar a chegada da ministra Cármen Lúcia, que ainda não está no plenário. A tese vencedora até agora estabelece prisão de três anos e oito meses, segundo o critério de aumento de um terço da pena-base proposto por Celso de Mello. O valor é uma média entre a punição proposta ontem pelo relator Joaquim Barbosa (quatro anos e sete meses) e pelo revisor Ricardo Lewandowski (dois anos e oito meses).

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaMensalãoPolítica no BrasilSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas

Lula mantém Nísia na Saúde, mas cobra marca própria no ministério