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Mensalão contaminará campanha de Dilma, diz analista

Marco Antônio Teixeira, da FGV, avaliou que decisão do STF deve provocar um debate "contaminado" nas eleições presidenciais do ano que vem


	Plenário do STF: analista diz que mensalão esteve presente nos últimos dois pleitos presidenciais e não causou muito impacto do ponto de vista eleitoral
 (Nelson Jr./SCO/STF)

Plenário do STF: analista diz que mensalão esteve presente nos últimos dois pleitos presidenciais e não causou muito impacto do ponto de vista eleitoral (Nelson Jr./SCO/STF)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 19h19.

São Paulo - O cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antônio Teixeira avaliou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em aceitar a possibilidade dos embargos infringentes e, consequentemente um novo julgamento para 12 dos 25 réus do mensalão, deve provocar um debate "contaminado" nas eleições presidenciais do ano que vem, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) concorrerá à reeleição.

"Se por uma lado o resultado foi bom para o (ex-ministro) José Dirceu e o (deputado) José Genoino, ambos do PT, se o julgamento se estender até as eleições de outubro de 2013 poderá ser ruim para a candidatura de Dilma, já que o debate deve estar contaminado pelo tema e colocará a candidata do governo na defensiva", avaliou.

Teixeira ressaltou, porém, que o mensalão esteve presente nos últimos dois pleitos presidenciais e não causou muito impacto do ponto de vista eleitoral, já que em 2006 Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito e em 2010 Dilma se elegeu. "O problema é que tira outros temas da agenda eleitoral. É ruim para todo o processo. O ideal seria que se resolvesse o quanto antes e o debate ocorresse livre desse tema", disse.

Para o professor da FGV, outro ponto que chamou a atenção no processo, desde o início do escândalo, é que não houve um avanço institucional decorrente dessa suposta compra de votos de parlamentares ocorrida no primeiro mandato de Lula. "Do ponto de vista do Legislativo não houve melhoria na relação com o Executivo. Estamos usando pouco como aprendizado. Como tornar as instituições menos nocivas, por exemplo", afirmou.

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