Brasil

Mensagem de Kadafi: Washington exige mais atos do que palavras

O porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney, havia confirmado mais cedo o envio de uma carta - "evidentemente não a primeira" - pelo coronel Kadafi

Hillary especulou que um dos filhos ditador tenha morrido na ofensiva da coalizão (Mark Wilson/Getty Images)

Hillary especulou que um dos filhos ditador tenha morrido na ofensiva da coalizão (Mark Wilson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 20h28.

Washington - Os Estados Unidos reagiram friamente nesta quarta-feira à mensagem dirigida por Muamar Kadhafi ao presidente Barack Obama, com a Casa Branca exigindo atos, e não palavras, e com a secretária de Estado, Hillary Clinton, reafirmando que o ditador líbio "sabe o que deve ser feito".

"Não há nenhum mistério em relação ao que se espera de Kadhafi no momento", lançou a chefe da diplomacia americana, durante uma entrevista à imprensa: "quanto mais cedo cessar o banho de sangue, melhor para todos".

Kadhafi deve optar por um cessar-fogo, a retirada das tropas, e "decidir sobre a retiradda do poder (...) e a saída da Líbia", enumerou Hillary Clinton, que falou sobre o assunto após uma reunião com o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini.

O porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney, havia confirmado mais cedo o envio de uma carta - "evidentemente não a primeira" - pelo coronel Kadhafi.

A agência oficial líbia Jana havia anunciado antes que o coronel Kadhafi havia "enviado mensagem ao presidente americano Barack Obama, em seguida à retirada dos Estados Unidos da coalizão, a cruzada agressiva e colonialista contra a Líbia".

Sem revelar o teor da mensagem, Carney lembrou que o presidente Obama vem dizendo há semanas que um cessar-fogo na Líbia dependia "de atos, não de palavras e do fim da violência".

O exército americano retirou na segunda-feira aviões de combate comprometidos na operação internacional na Líbia, passando a fornecer, a partir de então, apenas os aparelhos destinados a realizar o abastecimento em voo, além de participar de missões de interferência e de vigilância.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEstados Unidos (EUA)GuerrasLíbiaMuammar KadafiPaíses ricosPolíticos

Mais de Brasil

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes