Internos da Fundação Casa: o adolescente é acusado de roubar um telefone celular com mais 10 pessoas durante arrastões que aconteceram no shopping (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 09h00.
São Paulo - O adolescente de 16 anos detido pela polícia durante o "rolezinho" de sábado, 11, ficará internado na Fundação Casa (ex-Febem) pelo menos até o dia 3, quando haverá uma audiência sobre o caso.
"Ele trabalha e estuda, tinha ido ao shopping para ver um filme no cinema com a namorada. Nem sabia desse evento", disse a irmã do rapaz, a balconista Layninker Inácio de Oliveira, de 20 anos.
De acordo com Layninker, a mãe do rapaz não dorme desde a detenção, no terminal da Estação Itaquera do Metrô, que fica ao lado do shopping. A família, de quatro filhos, vive em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.
A mãe foi nesta segunda-feira, 13, à 3.ª Vara da Infância e da Juventude da capital, no Brás, para acompanhar a primeira audiência do caso. Estava sem advogado.
O adolescente é acusado de roubar um telefone celular com mais 10 pessoas durante arrastões que aconteceram no shopping. A irmã diz que ele estava só com a namorada e afirma que o rapaz encontrou o telefone no chão, perdido no tumulto.
"O dono do celular estava também sem um dos pés do tênis. Ele disse que, se o outro pé aparecesse, ele aliviava. Mas meu irmão não sabia nada sobre o tênis", afirma Layninker.
A vítima do roubo não foi localizada pela reportagem. O adolescente não tem passagens anteriores e trabalha em um minimercado, segundo a irmã.
"A promotora falou para minha mãe pegar uma declaração de que ele trabalha e fazer o mesmo na escola dele. Disse que isso poderia ajudar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.