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Mendes suspende interrogatório de Aécio na Lava Jato

O ministro do STF atendeu pedido da defesa do tucano que alegou não ter tido acesso à íntegra da investigação da Polícia Federal

Aécio: o senador é investigado neste inquérito sobre o caso Furnas por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Marri Nogueira/Agência Senado)

Aécio: o senador é investigado neste inquérito sobre o caso Furnas por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Marri Nogueira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2017 às 12h23.

São Paulo - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta terça-feira, 25, o interrogatório, na Operação Lava Jato, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido. O ministro atendeu pedido da defesa do tucano que alegou não ter tido acesso à íntegra da investigação da Polícia Federal.

Aécio é investigado neste inquérito sobre o caso Furnas por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa de Aécio alegou que "lhe foi negado o acesso a depoimentos já produzidos, sob o argumento de que representariam diligência em andamento".

"Os advogados solicitaram acesso a todos os depoimentos já colhidos, ainda que não entranhados nos autos, bem como para que seja suspenso o interrogatório do requerente, por pelo menos 48 horas."

O tucano usou como argumento a Súmula Vinculante 14, da Corte, que garante a todos os investigados acesso amplo aos autos das investigações.

A PF alegou que "por estratégia de investigação, o investigado deve ser ouvido antes de tomar conhecimento do depoimento das testemunhas". Segundo a Federal, "o interrogatório e os depoimentos das testemunhas fazem parte de uma única diligência policial", desta forma, "não haveria diligência concluída, de juntada obrigatória aos autos".

Para Gilmar Mendes, "o ato contraria o entendimento desta Corte representado pela Súmula Vinculante 14".

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