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Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 17h30.
São Paulo - O Memorial da América Latina, um dos espaços emblemáticos de São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer, reabriu nesta terça-feira as portas ao público e retomou suas atividades depois do incêndio que na sexta-feira destruiu o anfiteatro.
No entanto, o auditório 'Simón Bolívar', devastado pelo fogo, permanecerá isolado para facilitar os trabalhos de investigação que buscam identificar as causas do incêndio, informou a administração do prédio, inaugurado em março de 1989.
O Pavilhão da Criatividade e a Biblioteca, entre outras dependências do complexo de edifícios e espaços culturais, voltaram a funcionar com relativa normalidade, enquanto a pracinha central, a 'Praça Cívica', recebeu hoje um espetáculo musical.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do estado de São Paulo autorizaram o retorno das atividades nos outros espaços que não foram afetados pelo incêndio, que deixou 16 feridos e atingiu valiosas obras de arte.
As autoridades também checam o procedimento para conter o fogo, pois quatro bombeiros continuam em estado grave após inalar fumaça tóxica, o que faz suspeitar que o operacional e por isso se suspeita que o operacional não tenha contado com a orientação técnica adequada para o caso.
A arquiteta e artista brasileira Tomie Ohtake disse que uma gigantesca tapeçaria de sua autoria, que era exibida no auditório e que foi destruída pelas chamas poderá ser produzida novamente.
A Fundação Memorial decidiu pedir ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que avaliará a estrutura do auditório, 90% danificado pelo fogo, para determinar se pode reparar ou se terá que ser demolido para uma nova construção.
A Polícia Civil, em tanto, começará a escutar as cerca de 30 testemunhas do incêndio.
As autoridades de São Paulo informaram que o anfiteatro estava com a licença de funcionamento vencida desde 1993.