Brasil

Meirelles rejeita BC sem autonomia e mandato-tampão

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está decidido a não aceitar nenhum convite para permanecer à frente da instituição

Meirelles não quer comprometer sua biografia e credibilidade (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

Meirelles não quer comprometer sua biografia e credibilidade (ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 09h23.

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, está decidido a não aceitar nenhum convite para permanecer à frente da instituição, caso a presidente eleita, Dilma Rousseff, não lhe garanta autonomia absoluta de ação. Meirelles também não aceita a hipótese de servir de tampão durante o primeiro trimestre, até a escolha de um novo e definitivo presidente do BC. 

Meirelles considera que ceder na autonomia - e há informações de que ela lhe será tomada, de forma a fazer com que a taxa de juros venha a sofrer queda mais rápida, até chegar a 2% (acima da inflação) em 2014 - comprometerá sua biografia e a credibilidade que conquistou nos oito anos à frente do BC, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Portanto, o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o caminho mais certo até agora no xadrez da montagem do ministério de Dilma será a substituição de Meirelles por alguém que tenha forma de pensar mais próxima da presidente eleita e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmado no cargo. Meirelles estava ontem em Frankfurt. Nesse caso, Alexandre Tombini, diretor de Normas e Sistema Financeiro do Banco Central, é o mais cotado para ocupar o lugar de Meirelles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralExecutivos brasileirosHenrique MeirellesMercado financeiroPersonalidadesPolítica

Mais de Brasil

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi

Ex-vice presidente da Caixa é demitido por justa causa por assédio sexual

Alíquota na reforma tributária dependerá do sucesso do split payment, diz diretor da Fazenda

Reforma tributária: governo faz 'terrorismo' para impedir novas exceções, diz senador Izalci Lucas