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Meirelles: problema não foi visto em outros bancos

Meirelles repetiu a avaliação feita no dia anterior por Hoffmann de que a investigação do BC não encontrou qualquer sinal de problemas semelhantes

Meirelles, do BC: durante a crise de 2002, juros subiram 8,4%, e, na crise de 2008, caíram 5% (Elza Fiúza/EXAME.com)

Meirelles, do BC: durante a crise de 2002, juros subiram 8,4%, e, na crise de 2008, caíram 5% (Elza Fiúza/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 16h30.

O Banco Central admitiu hoje que o rombo do Banco Panamericano não envolve apenas as operações de crédito, como havia sido noticiado inicialmente. Em audiência pública no Congresso Nacional, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, afirmou que também houve problema avaliado em cerca de R$ 400 milhões nas operações de cartão de crédito.

Ao ser questionado se a inconsistência vista na subsidiária de cartões do Panamericano também envolveria outros bancos, Meirelles afirmou que “não há indícios disso”.

O diretor de fiscalização do BC, Alvir Hoffmann, explicou à Agência Estado que não há detalhes sobre essas operações inconsistentes nos cartões, porque o problema de R$ 400 milhões foi declarado pela diretoria do Panamericano, sem que o BC tenha detectado isso previamente. Meirelles lembrou que o tema “cartões de crédito” não é um tema de jurisdição do BC. Segundo ele, a legislação prevê que a autoridade monetária acompanhe apenas as instituições financeiras, como os bancos que emitem os cartões de crédito.

Durante rápida entrevista coletiva após o fim da audiência pública, Meirelles repetiu a avaliação feita no dia anterior por Hoffmann de que a investigação do BC não encontrou qualquer sinal de problemas semelhantes ao do Panamericano em outras instituições do mesmo segmento de pequeno e médio porte.

“A análise feita pelo BC não encontrou nenhuma ocorrência em outras instituições, mas nenhum BC do mundo pode garantir responsabilidades futuras”, afirmou, ao lembrar que se as operações fossem todas garantidas integralmente pela autoridade monetária haveria um “passivo incomensurável” e “risco moral”, ambos de responsabilidade do BC.

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