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Meirelles nega ter sido convidado para comandar economia

Ex-presidente do BC destacou que mercado “reagirá bem” a medidas que sinalizem equilíbrio das contas públicas, mas ressaltou que não conversa sobre hipóteses.


	Henrique Meirelles: ex-presidente do BC disse que Temer mostrou uma “visão bastante correta e adequada da economia”
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Henrique Meirelles: ex-presidente do BC disse que Temer mostrou uma “visão bastante correta e adequada da economia” (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2016 às 10h12.

Ao deixar, neste sábado (23), o Palácio Jaburu, onde se encontrou com o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles negou ter sido convidado para comandar a economia em um eventual governo Temer, mas destacou que, mesmo se não for ministro, estará disposto a ajudar.

Apontado como um dos possíveis indicados para o Ministério da Fazenda caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do governo com o processo de impeachment, Meirelles disse que Temer mostrou uma “visão bastante correta e adequada da economia”.

“Pelas perguntas que Temer fez, me parece que ele está com uma visão bastante correta e adequada, o que eu acho muito positivo, sobre a economia.”

O ex-presidente do BC destacou que o mercado “reagirá bem” a medidas que sinalizem para o equilíbrio das contas públicas, mas ressaltou que não conversa sobre hipóteses.

“Não converso sobre hipóteses. [Mas] os mercados tenderão a reagir ao direcionamento concreto com medidas que sinalizem uma sustentabilidade do estado brasileiro no longo prazo, com uma série de medidas pró-investimento, que possam viabilizar a economia, para que funcione de forma cada vez mais eficiente dentro da experiência que o Brasil já teve e tem e que nos estamos vendo em diversos outros países”, declarou.

Henrique Meirelles presidiu o Banco Central de 2003 a 2011, durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. Antes de exercer a Presidência do Banco Central, foi presidente de Global Banking do FleetBoston Financial e presidente mundial do BankBoston.

Em 2002, foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Com 183 mil votos, foi o deputado mais votado naquele ano no estado.

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